Win-Win
O caos na educação e na justiça resulta de um problema na execução de políticas, um caso de competência, ou melhor dizendo, da falta dela, pelo que é incompreensível que os deputados da actual maioria parlamentar procurem alcançar compromissos partindo destes erros, como tem ocorrido.
A não ser que não sejam lapsos.
De um lado, temos um Ministro da Educação que defende o fim da educação pública centralizada num ministério, que privilegia o ensino privado financiado publicamente através do cheque-ensino. Do outro, uma Ministra da Justiça que pretende potenciar o uso de tribunais arbitrais e acabar com a pendência usando todos os expedientes.
Perante isto não é necessário um grande esforço imaginativo para concluir que a actual paralisação da educação e da justiça poderão corresponder a efectivos ganhos para a agenda de ambos os Ministros.
O que me leva à pergunta essencial: Para quem não acredita, legitimamente, na coisa pública, terá interesse na sua boa gestão?