A lengalenga gasta de Hélder Amaral e cia. desmistificada em "figurinhas"
No Vice-Versa de ontem, assistimos - como é, geralmente, hábito - a mais um período de fantasia da direita partidária nacional e, particularmente, de Hélder Amaral, deputado à Assembleia da República pelo CDS-PP. Vejamos algumas tiradas e confrontemos com a realidade, de uma forma simples e direta.
Hélder Amaral dixit: Não passa só por isso [a reforma do Estado]. Passa por termos um Estado sustentável. (...) Temos ou não temos funcionários a mais e em que setores?
Fonte: Public employment in European Union member states (Governo de Espanha, 2010)
Hélder Amaral dixit: Não foi o Governo da maioria que pediu a receita da austeridade.
http://economico.sapo.pt/noticias/o-esforco-nas-reformas-tem-que-ir-alem-da-troika_140992.html
http://rr.sapo.pt/printArticle.aspx?did=39212
http://corporacoes.blogspot.pt/2013/04/ir-alem-da-troika-em-bonecos.html
Hélder Amaral dixit: Temos que pedir emprestado para manter o tal Estado que, às vezes, gasta a mais na saúde, gasta a mais na educação, gasta a mais consigo próprio.
Fonte: Bases de dados da OCDE e do Eurostat (mais informação aqui, por exemplo)
Hélder Amaral dixit: Este Governo, apesar de tudo, terá sido aquele que, por exemplo, poupou com os gastos do Estado como não há memória na democracia portuguesa.
Fonte: Indicadores de Atividade Económica (MEE-GEE, 1 de março de 2013)
Fonte: Análise da conta das Administrações Públicas no 1.º trimestre de 2013 (Conselho das Finanças Públicas, 17 de julho de 2013)
Hélder Amaral dixit: Conheço esse estudo [estudo do Banco de Portugal, sobre multiplicadores orçamentais, divulgado este mês], esse é o modelo do Manuel Pinho.
Ainda estou para perceber como é que Hélder Amaral foi parar a Manuel Pinho para formar opinião sobre este estudo...
Hélder Amaral dixit: No tempo do Partido Socialista, como geria para o voto, qualquer cidadão, tinha direito a descontos nos transportes públicos, bastava ter 18 anos...
Hélder, no capítulo da política de transportes, os únicos descontos implementados pelo Governo do Partido Socialista, i.e. que são fruto da intervenção direta do Governo, foram os passes estudantis 4_18 e sub23, sendo neste último caso direcionado para o ensino superior. Não foi para toda a gente bastando só ter os tais 18 anos: foi segmentada para estudantes e segundo critérios de idade mais apertados do que a proposta inicial da JSD, que era um passe sub25 e não sub23.