Adoro esta gárgula
Tal como a Shyznogud, a minha alma também ficou parva ao ler a crónica com que Vasco Graça Moura decidiu ontem deliciar os seus leitores. Eu nem sei o que dizer:
"Agora, e em paralelo com esta opacidade progressiva do diálogo, está-se a assistir à proliferação do insulto. E, pior, o insulto não se limita a ser personalizado, entra no próprio plano institucional."
"É um processo de agitação e desgaste muito preocupante, porque bloqueia quaisquer possibilidades de discussão e apreciação crítica daquilo que estiver em causa e porque é susceptível de alastrar como forma de protesto numa dinâmica de massas que não se sabe onde pode ir parar. O problema não se resolve limitando a liberdade de expressão nem excluindo a polémica por mais acesa que seja, mas é necessário perceber-se o grau de responsabilidade que decorre desta instrumentalização e generalização do insulto como arma política. Um país que não respeita as suas instituições legítimas é, por definição, um país inculto. E isso só pode aumentar a gravidade do insulto."
Há coisas incríveis: Vasco Graça Moura, que é quase incapaz de escrever uma crónica sem insinuar, injuriar ou caluniar algum ser ou organização que não lhe mereça um particular apreço, vem agora clamar que 'está-se a assistir à proliferação do insulto.' Tudo devido ao caso do 'palhaço'. Meu Deus. Numa breve volta pelos textos publicados pela douta personagem desde Dezembro de 2009 no DN, eis os não-insultos que fui encontrando: