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365 forte

Sem antídoto conhecido.

Sem antídoto conhecido.

12
Mai15

Sabotar porque sim

João Martins

Na passada quinta-feira, dia 7 de maio, Sampaio da Nóvoa recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade do Algarve, numa cerimónia realizada no grande auditório de Gambelas. No discurso que fez, Sampaio da Nóvoa agradeceu a distinção, tendo depois feito críticas ao estado do ensino em Portugal. E até aqui tudo bem e tudo normal.

O problema foi o auditório. Esteve longe de estar cheio - e em Faro é relativamente fácil encher um auditório para uma ocasião como esta -, não tendo sido por falta de divulgação que isto sucedeu. O que se passou foi que os orgãos públicos e pessoas ligadas ao munícipio não fizeram questão de comparecer ao evento, tendo tentado sabotar o brilhantismo da entrega de um doutoramento honoris causa da Universidade da região. E porquê? Acho que já adivinharam.

Parece que os iluminados da zona, por acharem que aquilo não passava de uma ação de propaganda de um candidato presidencial, fizeram questão de desprezar o evento, o laureado e a instituição do ensino superior que o condecorou. Eu sei que é difícil para algumas pessoas distinguir entre eventos partidários e da cidade, especialmente em Faro, mas provavelmente teria sido interessante ver a Câmara de Faro a tratar bem o convidado da sua universidade, e também investigar e perceber que este foi um processo demorado e que foi decidido bem antes de Sampaio da Nóvoa anunciar a sua candidatura.

Sampaio da Nóvoa não merecia este tratamento e a Universidade do Algarve também não.

09
Abr15

É que é mesmo isto

David Crisóstomo

 

Augusto Santos Silva, ali no Facebook:

santos silva.png

 

 

Complementado com o Marco Capitão Ferreira, ali no Twitter:

 

E, concluindo, o deputado Filipe Neto Brandão recorda isto, ali no twitter

 

 

 

05
Abr15

Sérgio Sousa Pinto por Sérgio Sousa Pinto

mariana pessoa

Em 2011, no contexto da moção do Bloco de Esquerda ao então governo de José Sócrates, Sérgio Sousa Pinto, no seu afã redondo de auto presunção de importância, discreteia sobre o bom e o mau na política. Tão curioso - e tão premonitório - é que estas palavrinhas descrevem tão bem os seus dichotes palermas sobre a candidatura de Sampaio da Nóvoa e a possibilidade deste ser apoiado pelo PS.

"A política resume-se a trincheira do bem, da verdade e da virtude. E aí permanecer, como numa galeria de ópera, arremessando paus e pedras a quem passa, num esbracejar apoplético, num histrionismo indignado, de quem sabe que não vai por aí, mas também não faz ideia por onde iria, caso o problema se pusesse."

05
Abr15

Preconceitos

David Crisóstomo

Ele não é dos meus. Ele é-me estranho, pouco batido, pouco comentado. Ele não comentou muito, não fez um percurso típico, não fez um percurso que eu fizesse, não fez um percurso que estivesse ao meu alcance. Ele não alcança bem este mundo, ele vem de fora, fora dos típicos, dos clichés, dos velhos costumes e rotinas, da usual política. Ele não é "político", naquela definição da senhora do talho da calçada Bento Rocha Cabral, mas ele quer fazer política, e só "os políticos" podem fazer política, a política é dos "políticos", não é dos que não são "políticos", porque não é e prontus. Ele não está pronto, ele não tem a experiência dos outros que se perfilam para o cargo, ele vem d'outro mundo, não pode. Ele não pode, não tem condições, porque nunca se filiou e isto é um cargo para filiados, só apoio filiados, os que não carregam com o cartão na carteira não merecem os meus cinco minutos, que para fazer política há que militar. Ele não milita nem é militar, como o outro de outrora, não tem "sentido de Estado", o que, como sabemos, vem com a quota do partido, mal se rubrica a declaração de filiação é-se logo embutido com uma capacidade política magnânima que os outsiders não entendem, não sabem e não possuem. Ele não possui as qualidades, nomeadamente a qualidade de se submeter a uns estatutos, uns quaisquer, não precisam de ser os meus, mas tinha que haver uns estatutos na história do senhor. Ele não tem história, chegou aqui de pára-quedas e eu quero alguém do meu meio, do meio dos mesmos, do meio dos acenadores de bandeiras desbotadas e dos "ai, sabe, eu queria votar contra, mas lá o chefe não quis, mas eu juro que queria". Ele não quis ir outrora para outro cargo, um outro aleatório, uma assembleia de freguesia que fosse, então eu agora não o quero para isto, que as coisas têm a sua ordem natural, como deve de ser. Ele não deve ser candidato porque não é de cá da profissão, é doutra, logo desconfio, desconheço. Ele é desconhecido, para mim talvez não, mas tenho a certeza que muito do "país real", como o do outro senhor de Penamacor, não faz puto de ideia de quem ele seja, logo não dá, tem que ser popular, tipo a Casa dos Segredos, popularucho, que isto da popularidade é o mais importante, todos os presidentes são conhecidos e reconhecidos, como o Aníbal, que isto tem regras, não é chegar assim. Ele se chega assim é porque é populista, é anti-políticos, é anti-sistema, é anti, é perigoso, é rasteiro, é tipo Podemos ou coisa parecida, 'tão a ver? Ele não está a ver o que isto é, ele não sabe no que se está a meter, isto não é para este tipo de tipos, ele que se vá filiar, que se vá inscrever no PS de Pedrógão Grande ou na JSD de Aljustrel, pondere uma candidatura a uma junta, vá a suplente numa lista por Castelo Branco ou Viana do Castelo e depois eu considero-o para isto. Ele não é para isto, isto é a Presidência da República Portuguesa, é o comando supremo das Forças Armadas, é a mais alta magistratura da nação, é o representante máximo da população e o todos sabemos que o representante da população tem que ser um "político", na definição ali do Correio da Manhã, com uma concelhia no CV, no mínimo. Um antigo reitor? Por favor.

 

Ele não é dos meus. E os cargos da República estão apenas e somente reservados aos meus. É este o conceito. Ou parece ser esta a falta de conceitos que por aí proliferam.

 

Sobre o visado, é ler o Marco - "Merecemos, colectivamente, a oportunidade de mostrar que sabemos escolher."

 

«As circunstâncias são o dilema sempre novo, ante o qual temos de nos decidir. Mas quem decide é o nosso carácter.»
- Ortega y Gasset

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