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365 forte

Sem antídoto conhecido.

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15
Mai13

"se poupam, podem ter menos rendimento disponível" (a lei de João Duque)

mariana pessoa

João Duque, the one and only, comentando o relatório do Banco de Portugal ontem divulgado. O referido relatório avança algumas informações, em particular que os reformados poupam 23% do que recebem em pensões.

 

Era capaz de jurar que, na tomada de posse de 2011, Passos Coelho avançou "um programa nacional de poupança que reduza o endividamento de empresas e famílias". (*)

 

Na cabeça [introduzir adjectivo aqui] de João Duque, a paga é esta: ai poupam? então é a prova maior de que podem levar com retroatividade em cima.

 

Chicago boys, adoro a vossa coerência. E o prazer em fazer fretes ao Governo.

 

(*) Recomendo vivamente a leitura do discurso da tomada de posse. Dois anos volvidos, é de chorar a rir. Dizia o PM em 2011: um programa de emergência social porque "ninguém pode ser deixado para trás", um programa para o crescimento económico, a competitividade e o emprego para "converter Portugal numa das economias mais abertas da Europa". 

03
Nov12

O tamanho de um rastilho

Pedro Figueiredo
Não se andará muito longe da verdade se se considerar Portugal um país à beira de uma manifestação pública com consequências bem mais gravosas do que aquelas a que se tem assistido. Os níveis de desemprego e os cortes nas prestações sociais anunciadas e já confirmadas (na generalidade) pelo Orçamento de Estado para 2013 - e outras situações que não vale a pena aqui elencar -, transformam a sociedade num autêntico barril de pólvora.
Pode até haver quem considere que o país aguenta (ai se aguenta!) mais austeridade, mas ao dizê-lo não sabe verdadeiramente que consequências isso trará na forma como pode, inclusive, imaginar o seu próprio dia a dia. Diz pela simples razão de que se é preciso, é preciso. Not so fast.
Como em qualquer barril de pólvora pronto a explodir, há sempre um rastilho. Mais ou menos curto. Ninguém sabe precisar o tamanho. Há índices de contabilização para a paciência e limite de austeridade de um país? O FMI também também tem um multiplicador para isso?

Quem garante que, por sugestão, os números de levantamentos de poupanças não aumentam ainda mais? Ou até uma corrida aos balcões para levantamentos em massa (último cenário, mais catastrófico)... Apesar dos depoimentos das pessoas apontarem para necessidades financeiras imediatas, parece (números não confirmados) que a grande maioria foi para reinvestir em produtos mais rendíveis. Mesmo assim, as razões podem bem ser as piores: receio e incerteza no futuro.
Nem é preciso recuar muito no tempo, salvaguardando as devidas diferenças de regime. Mubarak caiu com o espancamento até à morte de um jovem de Alexandria por um polícia num mercado. E não foi só o Egipto que mudou.
O estado a que chegou o país (manifestações e intolerância de variadíssimos sectores da economia às soluções apresentadas pelo governo), não promete um desfecho propriamente saudável à democracia. Seja para que lado cair "a razão". Ser flexível também é perceber o momento certo em que a corda não tem mais elasticidade e perceber que vai partir.
«As circunstâncias são o dilema sempre novo, ante o qual temos de nos decidir. Mas quem decide é o nosso carácter.»
- Ortega y Gasset

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