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365 forte

Sem antídoto conhecido.

Sem antídoto conhecido.

03
Fev15

Da lealdade partidária

David Crisóstomo

 

"Para o PS, o Estado de Bem-Estar, também chamado Estado Social ou Estado-Providência, representa uma conquista histórica das forças democráticas e um pilar indispensável da democracia e do desenvolvimento. A sua forma não é estática nem imune à crítica, antes carece de profunda reorganização, à luz dos novos desafios colocados pelas economias e sociedades do nosso tempo. Mas só é possível reorganizar o Estado de Bem-Estar se o defendermos e renovarmos, com determinação. As políticas para a promoção do trabalho, do emprego e do bem-estar, a protecção social, a redução de desigualdades e a justa repartição de rendimentos, constituem orientações essenciais para o Estado democrático, tal como o PS o concebe. Neste termos, o PS defende que as políticas e os serviços públicos são essenciais ao desenvolvimento e à promoção da coesão social, em diferentes áreas, com particular destaque na provisão de serviços básicos e nos sectores sociais, educativos e culturais. A acessibilidade e a qualidade dos serviços públicos constituem uma responsabilidade indeclinável do Estado."

 

Assim começa o 9º parágrafo da Declaração de Princípios do Partido Socialista. E aqui o cito com o propósito de relembrar a muitos aquilo a que o PS deve ser de facto leal. Deve ser leal a estes valores, a estas causas, a estas lutas e conquistas. Deve apoiar quem por elas batalha, seja em Portugal seja noutra parte do globo. Deve ser solidário com aqueles que, por via do combate político, foram derrotados nas urnas, no sufrágio eleitoral popular. 

 

Deve também assim distanciar-se daqueles que claramente demonstraram publicamente que abandonaram as causas que outrora defenderam. O PS não deve, assim, qualquer lealdade ao PASOK, que, coligado com um partido de direita, implementou e defendeu uma politica que arrastava e arrastaria o povo grego para anos de subserviência, de indignidade, de desespero, de destruição do tecido socioeconómico. O PASOK não perdeu eleições defendendo o reforço e a modernização do Estado Social, defendendo políticas que reduzissem as desigualdade de rendimentos, defendendo o reforço dos apoios sociais e do investimento público - o PASOK perdeu eleições defendendo o injusto programa de "ajustamento", defendendo a privatização e delapidação do sector público grego, defendendo o retrocesso nos programas de apoio social. O PASOK já não representava os ideais que o Partido Socialista português sempre defendeu no exercício do poder executivo e legislativo. E faz-me confusão como possam haver militantes do PS que achem o contrário ou que acreditem que a lealdade das famílias politicas é incondicional, onde as politicas aplicadas e defendidas são um factor acessório.

 

"A verdadeira e única lição que temos a retirar das eleições gregas é que o PS em Portugal não é nem será o PASOK, porque não estamos cá para servir as políticas que têm sido seguidas mas, pelo contrário, criar alternativa às políticas que têm sido seguidas" disse, e muito bem, António Costa. Na mesma linha das declarações do deputado João Galamba no final da reunião da Comissão Nacional do PS: a atual expressão eleitoral do PASOK é a consequência de "quem se alia a direita e pratica politicas de direita". Tão simples quanto isto.

 

Quem então melhor se aproximava dos ideias do Partido Socialista português nas últimas eleições gregas? Remeto-vos para o 13º parágrafo da Declaração de Princípios do PS:

 

"O PS acredita que é preciso ser-se radical na defesa da democracia, como sistema político fundado nos direitos humanos, na soberania popular, no primado da lei e na livre competição entre ideias e programas, e como sistema social que se baseia na iniciativa das pessoas e valoriza a diversidade e a diferença, o encontro e o respeito mútuo entre gentes e culturas, a expressão criativa e a participação e inovação social."

 

Tirem as vossas conclusões.

 

01
Out14

Quem com ferrinhos mata, com ferrinhos morre

mariana pessoa

 

Há para aí uns quantos que vêm nas declarações de António José Seguro, no rescaldo dos resultados das primárias, um sinal de decência na derrota. Até pode ser que sim. O problema foi a decência que lhe faltou desde o dia em que António Costa tomou uma decisão política no contexto político do pós eleições europeias. Fulanizar combates políticos é o primeiro passo para não se falar de ideias, e foi isso que aconteceu.

 

Não, Seguro não foi gracioso nem decente no momento da derrota. Foi apenas hipócrita e calculista. Quis armar uma mise en scène para as câmaras, um teatrinho de homem despojado do poder, mas de forma a tornar viável o seu futuro. Mais uma vez, uma falácia: ele não se despojou, teve de ser retirado à força.

 

O que Seguro nunca entendeu - ou não quis entender - é que não foi um ataque pessoal, foi uma atitude política para com um problema político por ele criado. Apesar de se deparar com o Governo mais selvagem de que há memória em democracia, o PS de Seguro revelou-se incapaz de se destacar nas sondagens e nas eleições como uma alternativa viável. Qualquer líder maduro teria entendido que a solução para o impasse político criado por Costa era uma ferramenta política: convocar um Congresso. Não o quis. Preferiu arrastar esta situação durante 4 meses, meses cronologicamente decisivos para a oposição ao Governo, porque em fase de preparação do OE 2015. Encetou uma descerebelada fuga para a frente chamada "eleições primárias", achando que com isso tirava um coelho da cartola e que convenciria o povo de aquém e além mar de que se trata de um Homem de Estado, um politico capaz da liderança que em momento algum demonstrou.

 

Depois das "cortes de Lisboa", depois da "separação da política e dos negócios", depois do "PS dos interesses" do qual ele diz nunca ter feito parte, depois de se ter "anulado" durante 3 anos, depois das "80 medidas" indigentes a pedir meças ao guião da reforma do Estado de Portas, depois do vídeo Calimero do corte de cravo, depois do "fica-te mal", depois da "janela do Município", só dá para concluir: quem com ferrinhos mata, com ferrinhos morre.

 

Um best of de António José Seguro aqui, aqui e aqui.

 

27
Set14

Declaração de voto

David Crisóstomo

 

"Defender a democracia é não hesitar na confrontação democrática com os inimigos da democracia, qualquer que seja a sua natureza. É lutar contra o totalitarismo, que viola os direitos fundamentais da pessoa humana, e contra o populismo, que ataca os alicerces do Estado de Direito. É recriar continuamente a democracia, de modo a que ela saia reforçada, e não diminuída, do confronto com as novas exigências e possibilidades que o mundo contemporâneo lhe coloca."

 

Declaração de Princípios do Partido Socialista

 

 

24
Set14

Parabéns, António José Seguro

João Martins

Seguro, deixa-me dar-te os parabéns. Nunca tinha sentido até hoje tanta vergonha alheia ao ouvir um político português. Superaste-te e por isso mereces um forte cumprimento por teres atingido um patamar ainda mais baixo na sarjeta cada vez mais entupida do teu discurso populista, pseudomoralista e mesquinho.

Não honraste nem honras o partido do qual és líder. Envergonhas-te e envergonhas os teus camaradas que ainda te tentam respeitar minimamente até deixares o cargo que nunca mereceste.

Tens razão quando dizes que não vale tudo em política. Não vale mesmo. O que assistimos hoje foi de uma baixeza abjeta e - isso sim - fica-te mal. Podes ter o sonho de ser líder do PS e Primeiro Ministro de Portugal desde criança, mas os valores da honra e da dignidade tinham de estar presentes nesse teu percurso. Não estiveram. Não tem havido qualquer tipo de dignidade da tua parte quando atacas os teus camaradas com uma violência que nunca aplicaste a Pedro Passos Coelho e ao seu Governo. 

Pediste a António Costa para não ajudar a direita quando na verdade quem a tem ajudado nestes últimos anos foste tu, o presumível líder da oposição que se andou a anular para "haver paz no partido". A paz que deste foi à direita e é essa paz que tem de terminar.

Por isso votarei no António Costa.

17
Set14

Descontaminado de foros populistas tão em voga

David Crisóstomo

Ao ser confrontado com o contraste entre a larga experiência governativa de António Costa e a sua, António José Seguro tem respondido frequentemente aos jornalistas com o exemplo do grupo de trabalho que liderou na bancada socialista dedicado à "reforma do funcionamento da Assembleia da República". Daqui resultou um relatório de 28 de Março de 2007 da autoria do deputado António José Seguro: "Reformar e Modernizar a Assembleia da República para servir melhor as cidadãs, os cidadãos e a democracia”. O relatório versa essencialmente sobre questões como a acessibilidade do trabalho parlamentar, a transparência do funcionamento da Assembleia da República e uma maior eficiência no uso dos recusos que o parlamento tem ao seu dispor. O documento de António José Seguro exigia então faculdades que hoje podemos considerar básicas e fundamentais, como a existência de uma página pessoal para cada deputado, na qual a sua assiduidade ao plenário e as iniciativas por si apresentadas fossem facilmente consultáveis.  

 

Ora bem: das múltiplas recomendações que António José Seguro fez na altura, venho aqui destacar umas que se encontram nas páginas 20, 21 e 22 do relatório. Neste capítulo, António José Seguro debruça-se sobre a questão da composição da Assembleia da República, isto é, sobre o número de deputados que o parlamento português deve ter. E aqui encontramos um António José Seguro diferente daquele nos últimos meses tem gritado por uma redução deputados, diferente daquele que ontem nos quis convencer que um corte de 49 representantes eleitos "visa a abertura do sistema político, o aumento da participação dos portugueses e melhorar o funcionamento do Parlamento". Pois aparentemente, anulado ou não, António José Seguro (à semelhança do seu atual líder da bancada parlamentar e do cabeça-de-lista do PS nas últimas eleições europeias) não pensava assim em 2007:

 

"Apesar do nosso mandato não incluir a apreciação da lei eleitoral e, consequentemente, a natureza e a composição do parlamento português, consideramos oportuno juntar a este Relatório alguns dados estatísticos que auxiliam a enquadrar a questão num ambiente de seriedade política, descontaminado de foros populistas tão em voga."

 

Portanto, o autor da proposta de redução de deputados que terá dado ontem entrada na Assembleia da República acreditava que propostas de reduções de deputados no parlamento português eram algo de "foros populistas tão em voga". E para sustentar esta sua opinião, António José Seguro apresentou um cojunto de gráficos e tabelas com dados de 2005:

 

 

Os dados recolhidos então por António José Seguro revelavam já que em termos de representatividade parlamentar, o parlamento português encontrava-se na média da União Europeia (ainda que na minha opinião, estes dados estejam incompletos por não comteplarem os deputados regionais/estaduais de cada estado-membro). E se quisermos algo mais atual, basta pegar nos dados populacionais do eurostat e nos números de parlamentares de países da UE e obtemos algo assim, tal como fez o Hugo:

 

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16
Set14

É que é mesmo isto

David Crisóstomo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

13
Set14

Um homem sem figuras de referência

João Martins

António José Seguro tentou por diversas vezes no segundo debate colar a cuspo Costa à direita e ao Governo. Correu-lhe mal, como é óbvio.

Contudo, e o mais curioso do seu spin cheio de incoerências, é que é ele quem usa as narrativas populistas da direita ao tentar atacar o seu adversário e quem o apoia. São raras as manchetes que o líder em exercício do Partido Socialista faça que não incluam um ataque à imagem e história do seu próprio partido a quem o construiu.

Numas eleições primárias do partido não vale tudo para ganhar votos. O PS nunca teve um líder que denegrisse tanto a sua imagem e fizesse mais oposição para dentro do que para fora como António José Seguro.

O país não pode ter esta vergonha como Primeiro-Ministro.

 

 

10
Set14

Déjà vu

João Martins

Não querendo estabelecer comparações entre os debates, as temáticas abordadas e a qualidade dos mesmos, depois de ler e ouvir algumas reações de seguritas (aqueles que se orgulham da promessa irresponsável de Seguro), lembrei-me da excitação dos republicanos americanos quando diziam que Romney tinha cilindrado Obama no seu primero debate e ia ganhar a Casa Branca, sem sombra para dúvidas.

Mas se calhar sou só eu.

09
Set14

O primeiro round Costa/Seguro

Sérgio Lavos

O primeiro debate entre Seguro e Costa para as primárias do PS valeu sobretudo pelo pós-jogo. Meia-hora de amena discussão entre camaradas (fui apenas eu que me irritei com os "tus" que Seguro tantas vezes atirou a Costa?) seguida de uma série de painéis de comentadores em todos os canais noticiosos. Isso sim, foi o verdadeiro espectáculo. Um espectáculo de spin, vacuidade e desonestidade intelectual. Fazendo zapping entre os diversos canais, rapidamente se chegou a uma conclusão: teria sido mais honesto convidarem Passos Coelho ou Paulo Portas para comentarem o debate entre candidatos do PS do que termos ali os megafones governamentais do costume, de Henrique Monteiro a Martim Avillez Figueiredo, passando por um ou outro desconhecido com vontade de se pôr em bicos de pés.

Isto é grave? Gravíssimo. Porque se é verdade que António Costa desiludiu, mostrando menos do que deve e pode, e Seguro confirmou as suas credenciais, reduzindo a sua prestação ao ataque pessoal e à lamúria constante por estar a ver fugir o poder quando estava mesmo ao seu alcance, o jornalismo prestou um serviço ainda pior ao país, limitando-se a ser eco de um sensacionalismo que perpetua os piores vícios da política portuguesa. 

Exemplos? Quase todos os comentadores criticaram Costa por não falar das suas propostas. Este explicou a Judite de Sousa mais do que uma vez porquê: não é este o tempo, porque o programa de Governo será preparado com o resto do partido e apenas se, claro, ganhar as primárias. Seguro, de acordo com estes comentadores, terá ganho porque prometeu coisas (nomeadamente, prometeu demitir-se caso não consiga deixar de aumentar impostos - isto não é uma piada). Relembremos o que temos agora, neste momento: um primeiro-ministro que ganhou eleições prometendo coisas que não só não concretizou como sabia não poder concretizar quando as prometeu. Somos governados por um primeiro-ministro (e um vice-primeiro-ministro, já agora) que mentiu e mente reiteradamente daí retirando vantagens políticas, um primeiro-ministro que traiu grande parte do seu eleitorado. Acaso vemos algum destes comentadores criticando o que tem sido este percurso de trapaça seguido por Passos Coelho? Não, nunca. Mas criticam António Costa por não querer prometer algo já, enquanto ainda nem sequer é candidato a primeiro-ministro. 

A verdade é que o jornalismo em geral e os comentadores em particular não gostam da contenção, do realismo e da sobriedade em política; preferem o sensacionalismo, o populismo e os soundbites para enganar eleitorado. De cada vez que um destes comentadores repete que Costa não tem propostas concretas (quando, goste-se ou não, existe um programa de candidatura repleto delas, quando Costa anda há anos a repetir as suas ideias num programa televisivo, quando existe obra feita na maior câmara do país), morre um unicórnio e fenece a réstia de seriedade que ainda possam ter. Mil vezes um Marques Mendes, que já sabemos ao que vem, do que um esconso Henrique Monteiro vomitando o seu habitual spin. Temos os políticos que merecemos, aqueles que este mundo de jornalismo e comentadorismo sensacionalista eleva aos píncaros. Depois, não se queixem.

05
Set14

Quem nos representa

David Crisóstomo

 

A Ana Catarina Mendes é dos melhores quadros que o Partido Socialista tem. É aliás das melhores deputadas que neste momento a Assembleia da República possui. Seja em tópicos como nos direitos dos imigrantes e asilados, na igualdade no acesso ao casamento e à adoção por casais do mesmo sexo, na despenalização do aborto, no acompanhamento da evolução da jurisprudência europeia, na evolução das condições de ensino das escolas públicas ou, mais recentemente, na fiscalização dos contratos swap, a Ana Catarina Mendes distingue-se facilmente entre os seus pares pela qualidade do trabalho e da intervenção. Da intervenção no parlamento, no espaço público, no debate público.

Queixamos-nos frequentemente da falta de representatividade que muitos de nós sentem quando olham para o cojunto que se senta nos bancos do plenário de São Bento. Até agora, tenho tido sorte nesse campo, tenho a sorte de me sentir representado plenamente pelo trabalho e pelas posições de uma dezena daqueles 230. Uns poucos que, no seu conjunto, me fazem ter orgulho em ter votado nas últimas legislativas no Partido Socialista. Enquanto cidadão, estou-lhes grato. Saber que há quem advogue pelos nossos ideais, pelo modelo de sociedade que defendemos, saber que há quem defenda a nossa maneira de entender a vida em comunidade, a nossa forma de ansiar por um futuro melhor, saber que há quem nos representa num regime democrático, que a vontade expressa pelo voto não cai no esquecimento é todo um motivo cívico de gratidão. A Ana Catarina Mendes faz parte deste grupo que me representa na Assembleia da República. Por este presente, passado e futuro trabalho parlamentar, votarei amanhã com todo o orgulho na lista que encabeça para a Federação de Setúbal do Partido Socialista.  E, tal como disse Mário Soares, “é extremamente importante que [a Ana Catarina Mendes] saia vitoriosa, pelo futuro do PS e do distrito de Setúbal”. É extremamente importante que o Partido Socialista, seja a nível local, distrital, nacional ou europeu, continue a ser representado por quem, recusando o populismo, trabalhe diariamente para cumprir os ideias da Declaração de Princípios do Partido Socialista, por quem compreenda que "defender a democracia é não hesitar na confrontação democrática com os inimigos da democracia, qualquer que seja a sua natureza. É lutar contra o totalitarismo, que viola os direitos fundamentais da pessoa humana, e contra o populismo, que ataca os alicerces do Estado de Direito. É recriar continuamente a democracia, de modo a que ela saia reforçada, e não diminuída, do confronto com as novas exigências e possibilidades que o mundo contemporâneo lhe coloca". É, de facto, extremamente importante que o Partido Socialista, personificado pelos seus representantes e dirigentes, continue a simbolizar estes pensamentos. Eu amanhã sou eleitor numa acto de escolha dos seus representantes e dirigentes. Será com naturalidade que votarei em quem já há muito me representa no parlamento do meu país.

 

«As circunstâncias são o dilema sempre novo, ante o qual temos de nos decidir. Mas quem decide é o nosso carácter.»
- Ortega y Gasset

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