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365 forte

Sem antídoto conhecido.

Sem antídoto conhecido.

22
Jul13

PCP e Bloco - a "grande convergência"

mariana pessoa

Pergunta:

 

A grande convergência sublinhada por PCP e Bloco de Esquerda a semana passada veio antes ou depois de chegarem à conclusão que aos patrões a inscrição no Bloco não mete medo? É que para o Secretário Geral do PCP os bloquistas são uns imberbes dos quais o patronato tem tanto medo como de ovos moles. Nas palavras de Jerónimo de Sousa: isso (militantes do Bloco) "papam eles ao pequeno-almoço, não se preocupam nada”.

 

Deve ter sido uma convergência e peras.


30
Mai13

Adoro esta gárgula

David Crisóstomo

 

Tal como a Shyznogud, a minha alma também ficou parva ao ler a crónica com que Vasco Graça Moura decidiu ontem deliciar os seus leitores. Eu nem sei o que dizer: 

 

"Agora, e em paralelo com esta opacidade progressiva do diálogo, está-se a assistir à proliferação do insulto. E, pior, o insulto não se limita a ser personalizado, entra no próprio plano institucional."

"É um processo de agitação e desgaste muito preocupante, porque bloqueia quaisquer possibilidades de discussão e apreciação crítica daquilo que estiver em causa e porque é susceptível de alastrar como forma de protesto numa dinâmica de massas que não se sabe onde pode ir parar. O problema não se resolve limitando a liberdade de expressão nem excluindo a polémica por mais acesa que seja, mas é necessário perceber-se o grau de responsabilidade que decorre desta instrumentalização e generalização do insulto como arma política. Um país que não respeita as suas instituições legítimas é, por definição, um país inculto. E isso só pode aumentar a gravidade do insulto."

 

Há coisas incríveis: Vasco Graça Moura, que é quase incapaz de escrever uma crónica sem insinuar, injuriar ou caluniar algum ser ou organização que não lhe mereça um particular apreço, vem agora clamar que 'está-se a assistir à proliferação do insulto.' Tudo devido ao caso do 'palhaço'. Meu Deus. Numa breve volta pelos textos publicados pela douta personagem desde Dezembro de 2009 no DN, eis os não-insultos que fui encontrando:

 

16
Abr13

Olha Tiago Mota Saraiva, falhaste mesmo

David Crisóstomo

A inveja e o ressentimento de certos militantes da esquerda pura e patriótica e verdadeira e proletária e 'assim se vê a força do PC' e coiso & tal pelo eurodeputado independente Rui Tavares é já uma história velha e conhecida. Têm lá os seus complexos, o que é que se há-de fazer. 

 

O novo fascículo dessa saga do ciúme enraivecido foi esta posta do Tiago Mota Saraiva. Pois bem, mas aqui o camarada tem um probleminha: é que eu sou um dos jovens cujo nome não lhe interessa. E como tal, eu, pessoa sem interesse para o Tiago Mota Saraiva, vou fazer um esforço para lhe explicar como funcionou a coisa, não vá ele ficar com dúvidas e andar a difamar gente.

Então foi assim: o Rui Tavares, contrariando uma moda comum, decidiu que em vez de escolher a dedo 15 jovens para participarem e intervirem numa conferência em Bruxelas sobre o impacto da crise europeia na juventude, iria seleccioná-los (ele não tem um Comité Central que lhe trate disso, 'tá a ver?) através dum concurso onde qualquer pessoa cuja idade estivesse entre os 18 e os 35 e que residisse em território português poderia participar enviando um pequeno ensaio sobre a presente situação da União Europeia na perspectiva da juventude (se tiver curioso pode espreitar aqui e aqui, que não apanhará nenhuma doença). 116 pessoas concorreram e, passado umas semanas, foram anunciados os 15 vencedores. De modo a não se desperdiçarem as ideias e reflexões dos textos enviados, o Rui Tavares sugeriu-nos que, em conjunto com os outros 101 participantes do concurso, transpuséssemos e sintetizássemos todo o nosso pensamento para um documento, um manifesto, que reflectiria os nossos receios e preocupações, mas também as nossas concepções sobre a direcção que o projecto europeu deveria tomar. Tendo todos os vencedores aceite o desafio, criou-se um grupo privado no Facebook onde todos os 116 concorrentes foram convidados a participar (tendo 67 aceite o convite) e onde, após duas semanas de debates, sugestões, discordâncias, (inúmeras) votações e múltiplos documentos no GoogleDocs, chegou-se a um resultado final na segunda-feira passada, apresentado em Bruxelas dois dias depois.

 

O camarada Mota Saraiva acusa-nos de sermos assim uma espécie de marionetas do Rui Tavares. Todos os 67, diz ele, redigimos aquela coisa possuídos pelas visões do eurodeputado, especulando aliás que terá sido este quem compôs toda aquela cena manifestante. A verdade é esta: o Rui Tavares incentivou um grupo de jovens adultos que não se conheciam de lado nenhum a compor um texto sobre as suas ansiedades e projectos para um futuro europeu. E permita-me, caro Mota Saraiva, aclarar-lhe esse espírito desconfiado: o Rui Tavares não mexeu nem interveio em uma só página, linha ou palavra de todo o manifesto. E da única vez que membros do grupo solicitaram a ajuda dos assistentes do eurodeputado para a edição e tradução, essa ajuda acabou por ser desnecessária, pois outros membros do grupo voluntariaram-se e editaram e traduziram o documento final. As maiores intervenções do Rui Tavares em todo o processo foram a criação do próprio grupo e a impressão das cópias que foram distribuídas no dia da apresentação no Parlamento Europeu. Fui claro o suficiente?

 

18
Mar13

Nauseabundos

David Crisóstomo

 

Santa Paciência. Mas é que já começam a meter nojo. Miguel Frasquilho, após aquela aterradora conferência de imprensa/declaração de vontades de Vitor Gaspar, foi instruído para tirar uma nova ideia daquela cartola desgastada e mal cheirosa donde vêem todos os brilhantes pensamentos do PSD: "o programa [o memorando] original tinha sido mal desenhado, mal concebido e com projecções e efeitos que não tinham aderência nenhuma à realidade". E dizem isto depois de já terem revisto e alterado o raio do documento 6 vezes. 


E mandam o Miguel Frasquilho para revelar ao povo a nova e reluzente razão que justifica o grande trambolhão orçamental, económico, social, politico e moral. Miguel Frasquilho foi uma escolha muito acertada, claro. Numa rápida pesquisa por intervenções suas no parlamento deparamos-nos com o seguinte historial, claramente demonstrador da rectidão e seriedade do doutor:

 

11.03.2010 - Queixa-se da perda do nível de vida, da quebra da produtividade, do desemprego, do endividamento público, para depois concluir que "o caminho do PSD não seria este". Sublinha que "fosse o PSD responsável pela governação do pais e o Orçamento de Estado teria espaço para medidas de estimulo às PME".

 

25.03.2010 - Denuncia "o ataque fiscal violento contra todos os portugueses". Questiona se o governo achava que 900€ já são rendimentos elevados. Grita que estávamos perante uma "injustiça fiscal".


06.05.2010 - Opina que o momento escolhido para as privatizações era "surpreendente". Especula se governo não estaria a "privatizar as empresas apenas por razões financeiras".


24.11.2010 - Vocifera sobre o "injusto agravamento fiscal", pois era "injusto sobre as famílias portuguesas na proposta do Orçamento de Estado" e declara que o PSD tinha conseguido evitado um "agravamento fortíssimo" do IRS para as famílias.

 

13.01.2011 - Regista em nome do PSD o cumprimento do défice em 2010 devido ao "aumento de impostos" e às "receitas extraordinárias". Vivamos "tempos muito perigosos" onde não poderíamos "andar a brincar com o fogo" e acusa o primeiro-ministro da altura "de não ter tido a melhor postura que melhor serviria os interesses nacionais"


 

Mas ignorando o íntegro mensageiro, concentremos-nos na mensagem. 

Será que não haverá vergonha nestas caras? Mas acham que somos todos atrasados mentais? Mas não há limites para a mentira, o descaramento, a insolência e a estupidez? Mas acham que nos esquecemos de que não haveria memorando sem "o acordo do PSD"? De que estiveram a negociar a "verdadeira austeridade para o Estado, mas não mais para os cidadãos"? De que a negociação foi "essencialmente influenciada" pelo PSD? De que tinham lá posto umas "medidas melhores" e que iam "mais fundo" do que o PEC IV? De que a alegada revisão da trajectória do défice foi uma "grande vitória" dos sociais-democratas? De que o PSD tinha um "grau de identificação importante" com o memorando? De que suas excelências acreditavam que "no essencial, o que ele prescreve é necessário fazer em Portugal para vencermos a crise"?

Mas acham que somos todos otários?

 

 

16
Mar13

Aníbal Branco de Neve

David Crisóstomo


Cavaco Silva “entusiasmado” com maçãs transmontanas

 

A Branca de Neve era uma princesa sonsa e parva. Era ingénua caramba. Vive num castelo com uma gaja que fala com espelhos e lhe lança o mau-olhado todo o santo dia e ela, a Branca, acha isso natural? Percebe que a quarentona pôs a sua cabeça a prémio e em vez de fugir para o fim do mundo vai, feita estúpida, refugiar-se num bosque ali nos arredores da real residência, numa cabana de (imagine-se) anões. 7 anões. Que ela não conhecia de lado nenhum. Achou que a casa de sete mineiros solitários que viviam no meio da mata isolados do mundo era um sitio seguro. A tipa não era inteligente. Depois, após andar a aceitar fitas que lhe esmagavam os ossos e pentes que lhe causavam desmaios (ok, a rainha também não era sobredotada), decide comprar umas maçãs assim mesmo brilhantes, vermelhas, Red Delicious, a uma senhora de 90 & tal anos, vestida de negro e com todo o ar de ter 'Bruxa' no seu curriculum vitae que, acaso dos acasos, andava a vender maçãs reluzentes porta-a-porta no meio duma floresta. Branca decide comer uma dessas maçãs. E (choque!) cai para o lado. Depois, num bizarro funeral, vem um gajo que beija a moça-quase-cadáver e ela acorda, surpresa mas agradada, e parte com o jovem (que também nunca tinha visto mais gordo) para uma vida linda e deslumbrante.

 

 

 

06
Mar13

O descaramento dos algébricos

David Crisóstomo

 

Sua Excelência, o magnifico primeiro dos eruditos ministros, Pedro Manuel Mamede Passos Coelho, iluminado pela divina providência, afirmou recentemente, referindo-se aos protestos decorridos e por decorrer, que «não se deve confundir a árvore com a floresta»


Ora, houve uma manifestação no sábado passado, dia 2 de Março. Uma, salvo seja - 40 para ser mais preciso, pois ser preciso é necessário, o Excel não perdoa. Esta manifestação, convocada por um movimento cívico sem ligações orgânicas a nenhum partido politico ou sindicato, tinha como objectivo primordial incitar os cidadãos portugueses a virem para a rua manifestarem-se contra o 'caminho correcto' padronizado por este governo e patrocinado por três instâncias internacionais. Pretendia-se que este protesto demonstrasse a rejeição das politicas cegas e dementes dum bando de impreparados, trapaceiros e ignorantes que desde Julho de 2011 dita os destinos da nação. Contestaria-se a legitimidade destes governantes nas ruas. As manifestações aconteceram. Os portugueses saíram de casa, enraivecidos e desgastados, contra a insanidade social que uns quantos mestres da busca pela simplicidade do conhecimento permanente lhes querem impor. Manifestações que levaram uma invulgar quantidade de cidadãos às ruas, de todas classes, faixas etárias e orientações politicas. Ninguém pode negar isto.

 

Ninguém? Think again.

 

 

 

«As circunstâncias são o dilema sempre novo, ante o qual temos de nos decidir. Mas quem decide é o nosso carácter.»
- Ortega y Gasset

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