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365 forte

Sem antídoto conhecido.

Sem antídoto conhecido.

05
Abr13

Subsídio para a reposição da normalidade constitucional

André Fernandes Nobre

Não é a Constituição de República Portuguesa que tem de se submeter às políticas de um Governo ou a quadros de assistência financeira ou a arranjinhos de oportunidade: são os políticos que têm de fazer Política e descobrir, dentro do quadro e ordem constitucionais, as soluções que podem aplicar para obter os resultados que pretendem.

 

Bem hajas, Tribunal Constitucional.

21
Fev13

O nosso filme não devia ser este

Nuno Pires

As contradições de elementos do atual Governo são já frequentes, mas ontem de manhã as piruetas de Gaspar foram verdadeiramente acrobáticas. 

 

Num ápice, Vítor Gaspar duplicou a previsão de recessão económica constante do Orçamento do Estado para 2013, passou a encarar o investimento e o crédito como prioridades  e assumiu que o país necessitaria de mais tempo para cumprir as metas definidas com a Troika.

 

Tudo isto sem se rir, corar de vergonha ou esboçar qualquer outra reação particular, não apenas por estar a contrariar praticamente tudo o que tem vindo a defender desde que chegou ao Governo e nos começou a brindar com a sua peculiar capacidade para falhar metas, mas, essencialmente, por estar a negar os pressupostos que estão na base de um Orçamento do Estado que entrou em vigor há menos de 2 meses.

 

Fica a clara sensação de que Vítor Gaspar, face ao descalabro da execução orçamental que se adivinha, está totalmente desorientado e de cabeça perdida, o que, na situação que as famílias e as empresas estão a atravessar, é o pior que poderia acontecer.

 

Numa peça com menos de 2 minutos a RTP sintetizou parte das contradições de Passos e Gaspar. Ver este pequeno vídeo é um exercício que tem tanto de patético como de aterrador, por nos confrontar com a total falta de coerência de quem está à frente do executivo, na altura em que o país mais necessita de um rumo claro e bem definido.

 

A confirmar-se a tendência de Passos e Gaspar para se contradizerem, vamos mesmo viver um triste filme, em que o Governo continuará a tentar encontrar desculpas exógenas para a sua própria incompetência.

 

27
Nov12

Orçamento é crime de lesa-Pátria

Pedro Figueiredo

Foi Mário Soares quem terá pronunciado pela última vez, creio, o termo de crime de lesa-Pátria. O histórico fundador do PS e antigo Presidente da República disse, a 28 de Setembro de 2010, que NÃO aprovar aquele Orçamento de Estado então em discussão seria um crime de lesa-Pátria.


Dois anos depois, o termo pode voltar a recuperado, embora em sentidos e por razões opostas. O mais curioso é que acabo de ouvir da boca de Miguel Frasquilho, na SIC Notícias, que os deputados das bancadas parlamentares da coligação nem percebem bem o alarido que se anda a fazer à volta deste OE. Como é que hão-de querer comover a população com aquela declaração de voto?


Salto para o final do post com o excelente texto do Alexandre Abreu no Ladrões de bicicletas.


Se este Orçamento de Estado não é um crime de lesa-pátria, então não percebo o conceito. Quem gosta de continuar a pensar que o PSD e o PS são uma e a mesma coisa, com roupas e estilos diferentes, que se lembrem deste OE e das suas reais implicações na economia do País. Se é que algum dia este OE possa vir a ser posto em prática, mesmo sem esperar que se descubra vida em Belém.

14
Nov12

Era importante controlar o défice

Nuno Pires

Há três meses, Passos Coelho anunciou, num parque aquático que o protegeu da contestação que se fazia ouvir na rua, que o país estava “mais próximo de vencer a crise” e de “voltar uma das páginas mais negras da história”.

 

Mas disse mais: “No que é importante, não falhámos. Era importante controlar o défice e fizemo-lo.”.

 

Três meses volvidos, o Diário Económico confirmou aquilo que já se suspeitava: no que era “importante”, o défice, o falhanço é total e nem a nova meta, anunciada aquando da 5.ª revisão do memorando, vamos conseguir atingir. A execução orçamental continua em descalabro e a economia mantém a trajetória de queda livre.

 

“Ir além da Troika” está a confirmar-se como uma teimosia delirante, cujo custo para a sociedade é cada vez mais insuportável, enquanto o Orçamento do Estado para 2013 promete mais do mesmo. Se o que importava era controlar o défice, Passos Coelho e Vítor Gaspar estão a confirmar, da pior maneira possível, a sua total inadaptação e evidente incompetência para as funções que desempenham.

13
Nov12

Uma questão de tempos

sara marques

"Nunca lastimarei o preço que tiver de pagar para que Portugal saia da crise"

Pedro Passos Coelho, 12 de Novembro de 2012

 

É tão perigoso viver o presente sem pensar no futuro como garantir um futuro sem assegurar o presente. Os fins não justificam os meios quando é da vida de pessoas que se trata.

"Um dia, as pessoas verão o resultado das reformas", disse Angela Merkel. E até esse dia, como faremos? Pergunto eu.

31
Out12

Emanuel dos Santos: "A minha despesa é a receita de alguém"

Nuno Pires

Emanuel dos Santos, antigo Secretário de Estado Adjunto e do Orçamento, deu ontem uma entrevista à TSF.

 

A evolução da nossa economia, algumas falácias que vão preenchendo o espaço mediático, o contexto do pedido de resgate de 2011 e o contributo que o OE2013 representa para a necessidade de um novo, são apenas alguns dos vários temas abordados ao longo de cerca de 30 minutos de entrevista.

 

A não perder.

30
Out12

Afinal era uma enorme comissão de inquérito?

sara marques

Seis horas! Seis !! Um dia de debate sobre o Orçamento do Estado de 2013 em que pouco se falou na Assembleia da República sobre o documento, as medidas aplicadas, as que não podem ser aplicadas e as consequências que virão. Estive atenta, como tantos portugueses, mas o que mais ouvi foram tricas, politiquices, o famoso jogo do passa-culpas.

 

O PSD e o Primeiro-Ministro disseram que o país está assim por causa da herança do PS, a tal que tinha dito que não iria usar como desculpa quando fosse líder do Governo. O PS, com uma amnésia parcial, isentou-se de todas as culpas passadas e apontou o dedo ao Governo atual. O PCP e o BE apontaram o dedo a todos os outros partidos e o CDS tentou, como já é habitual, passar por entre os pingos da chuva.

 

Cá em casa, como em tantas casas por este país fora, neste momento, pouco importa de quem foi a culpa. O PS estava no Governo e o país considerou que não devia continuar, que a governação que estava a fazer não era a melhor para Portugal, e escolheu outro partido, outro Governo... mas foi para governar, não para fazer uma comissão de inquérito às culpas passadas. Queremos soluções, queremos medidas, queremos que se discutam os temas concretos, que se ouçam as propostas de todos sem este constante apontar de dedo, as inevitáveis chalaças e os risinhos. Não queremos ver-vos a rir uns com os outros ou uns dos outros, a tentar encontrar a mais rebuscada das piadas para passar como soundbyte dos media. É da nossa vida que se trata e, garanto-vos, que na maior parte das vezes não nos dá vontade de rir.

 

«As circunstâncias são o dilema sempre novo, ante o qual temos de nos decidir. Mas quem decide é o nosso carácter.»
- Ortega y Gasset

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