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365 forte

Sem antídoto conhecido.

Sem antídoto conhecido.

11
Out13

Entretanto, as consequências (pesadas) do legado Sócrates relatadas pela OCDE - Parte II

Cláudio Carvalho
Extraído do estudo "Supporting Investment in Knowledge Capital, Growth and Innovation" da OCDE, divulgado ontem, dia 10 de outubro. Tendo por base dados referentes a 2009 e 2010, Portugal ficou no pelotão da frente em termos de incentivos financeiros - por via fiscal ou por via financeira - à investigação e desenvolvimento. Assim, não fica nada fácil, esquecer o «fardo» socialista...
04
Out13

Nunca é demais desmistificar

Cláudio Carvalho

Esquecendo um sem número de fatores, desde a evolução histórica, predisposição cultural para a prática de mecenato, disponibilidade de capital, entre outros ou, por outro lado, simplesmente relutâncias metodológicas associadas à construção do próprio ranking, n' O Insurgente procura-se criar uma relação direta - que não existe verdadeiramente - entre menor financiamento público e melhor posicionamento nos rankings internacionais de ensino superior. Como temos vindo sistematicamente a alertar neste espaço, Portugal tem (também) no ensino superior níveis baixos de financiamento público em função da riqueza produzida, em análise comparativa com os seus parceiros. Os indicadores do Education at a Glance da autoria da OCDE divulgados este ano - referentes ao ano de 2010 - são claros:

 

Despesa pública em ensino superior em percentagem do Produto Interno Bruto:
EUA: 1,4%
Reino Unido: 1,0%
OCDE: 1,4%
UE21: 1,4%
Portugal: 1,1% 

Um outro pormenor a ter em atenção: É destacado n' O Insurgente, mas mal interpretado pelo André Azevedo Alves, que o ensino superior nacional em particular, mas também os dos demais países europeus, estão em queda nos rankings. Tal é claro como água mas o problema são os fortes constrangimentos orçamentais que estão a ser impostos às economias europeias, assim como ao ensino superior e aos sistemas científicos e tecnológicos dos diferentes países do "velho continente".

 

Mais uma vez, a evidência não "cola" com a ideologia. As conclusões que se querem tirar não "colam" com a análise dos resultados. É por isso que nunca é demais desmistificar...

02
Set13

Entretanto, as consequências (pesadas) do legado Sócrates relatadas pela OCDE

Cláudio Carvalho
Aqui aponta-se a um Estado do México - i.e. Puebla - o (bom) exemplo das "Novas Oportunidades":
Nesse mesmo estudo, há ainda espaço para elogiar a Parque Escolar:

 

E, como se não bastasse, uma referência positiva à reformulação da rede escolar:

 

Vide estudo "Improving Education in Mexico - A State-level Perspective from Puebla", divulgado hoje pela OCDE.

18
Abr13

Investimento em educação: desmistificando (de uma vez) o discurso de Nilza de Sena

Cláudio Carvalho

Nilza de Sena pertence a um determinado conjunto de personalidades do PSD que não me merecem grande consideração pelos sucessivos erros factuais que usa e abusa nos seus  argumentários que subjazem as suas opções e opiniões políticas. Ainda, assim, percamos algum tempo para clarificar, espero que de vez, o mito de que gastamos mais do que os nossos parceiros em educação. Atentemos, então às palavras, da Vice-Presidente da Comissão de Educação, Ciência e Cultura da Assembleia da República, no programa da TVI24 "Política Mesmo" de ontem: «Portugal investiu sempre muito acima da média europeia. Estes são dados, quer da OCDE, quer até da comparação com países da Europa a 27. Nós temos um investimento que, de facto, tem vindo a cair ao longo dos últimos anos, mas que, mesmo com a queda que está prevista inclusive neste ano que estamos a viver e que é difícil, ainda assim é um investimento superior acima àquele que existe na média europeia. (...) Nós tínhamos um investimento em cerca de 2% do PIB superior aos dos outros países: estávamos na ordem dos 7% do PIB e os outros países tinham um investimento de 5% do PIB. Portanto, não há essa diferenciação de um modo negativo como estava a assinalar». Mais à frente no programa, adiantou que a fonte era o Eurostat quanto a dados de 2010, dizendo que o investimento em Portugal era de 7,1% e na UE27 de 5,5% do PIB.

Antes de mais, convém realçar que o Eurostat não divulgou oficialmente dados referentes a 2010, relativamente ao nosso país. De seguida, segundo os parâmetros, quer do Eurostat, quer da OCDE (vd. “Education at a Glance 2012”), Portugal nunca teve um investimento público superior a 7% do PIB nem de 2 pontos percentuais acima dos seus parceiros europeus ou da OCDE. Por conseguinte, é, no mínimo, ridícula, a afirmação de que "investiu sempre muito acima da média europeia". Se tomarmos, como base comparativa uma estimativa de valores quanto aos anos de 2010, 2011, 2012 ou de 2013 ou o recém-difundido estudo do Conselho Nacional de Educação (vd. "Estado da Educação 2012"), o panorama comparativo agrava-se claramente, não obstante a ressalva de que houve uma clara aposta na educação entre 2005 e 2009.

Importa ressalvar que o panorama comparativo mantém-se igualmente desfavorável para Portugal, na comparação da despesa por estudante (em paridade de poder de compra).

De qualquer das formas, mesmo esta análise é redutora, dado que podemos aludir que necessitamos de um esforço orçamental superior aos parceiros europeus dado o nosso atraso estrutural económico-financeiro, (meramente) educativo ou no domínio cultural, científico e tecnológico.

21
Jan13

Deve ser por isso, então

mariana pessoa

"FMI admite mais cortes na saúde e educação"

 

A mais recente edição de Education Indicators in Focus, da OCDE, avança com um estudo sobre os benefícios sociais da educação.

 

- Há uma associação clara entre nível de escolaridade e esperança média de vida (uma diferença a favor dos maiores níveis de escolaridade, que pode ir até 8 anos em média);

 

- Sujeitos com níveis mais elevados de escolaridade apresentam maior participação cívica em termos de voto, voluntariado e interesse político;

 

Deve ser por isso, então, que o Governo (perdão, FMI) quer cortar mais na educação. É um '2 em 1' muito útil: i) as pessoas morrem mais cedo, gastam menos dinheiro do Estado e ii) interessam-se menos, são menos vigilantes e mais conformistas em relação às medidas que são implementadas.

 

É a chamada ética na austeridade.

«As circunstâncias são o dilema sempre novo, ante o qual temos de nos decidir. Mas quem decide é o nosso carácter.»
- Ortega y Gasset

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