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365 forte

Sem antídoto conhecido.

Sem antídoto conhecido.

08
Mai13

Viva a dívida

Nuno Pires

Ontem foi um dia de grande celebração para Vítor "eleito-coisíssima-nenhuma" Gaspar, para o seu Governo e, basicamente, para todos os que ainda o apoiam: Portugal realizou um leilão de obrigações do Tesouro ("OT") a 10 anos, a procura superou a oferta em cerca de 3 vezes e a taxa média terá sido de 5,669%.

 

É uma boa notícia? Sim, é capaz de ser...

 

Mas eu ainda sou do tempo em que se realizavam leilões de OT, também a 10 anos, com a procura a superar a oferta em 3 vezes (8 de setembro de 2010) e 5 vezes (22 de setembro de 2010). Dados do IGCP, disponíveis aqui.

 

As taxas de juro médias foram um pouco superiores? Naturalmente que sim - para além de uma oposição irresponsável, empenhada em lançar um clima de enorme incerteza sobre o nosso país, não tínhamos uma "mãozinha" do Banco Central Europeu a "amparar-nos" (a qual foi absolutamente crucial para os sorrisos de Vítor Gaspar).

 

E, já que estamos nisto, basta olhar para o resultado do último leilão de OT a 10 anos antes das birras do PSD (lamento, não têm melhor nome) que antecederam a discussão do Orçamento do Estado para 2011 (realizado a 25 de agosto de 2010), para encontrar uma taxa de juro média mais baixa (5,312%) do que a do leilão realizado ontem.

 

Debater estes números, compará-los, vale o que vale. Como todos sabemos, as circunstâncias do país, dos mercados, da Zona Euro, eram bem distintas em 2010 daquilo que são hoje. E na altura era urgente deitar abaixo um Governo, agora parece que já não.

 

De todo o modo, aquilo que não posso deixar de registar, depois das incontidas manifestações de júbilo de ontem, é a notória assunção de uma verdade incontornável, até há pouco teimosamente rejeitada pela "gente séria": a dívida pública gere-se.

«As circunstâncias são o dilema sempre novo, ante o qual temos de nos decidir. Mas quem decide é o nosso carácter.»
- Ortega y Gasset

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