Tempestade perfeita
Tem mesmo de ser.
Seguro pede ao PM que coloque juízo na cabeça dos seus ministros, não se referindo especificamente a Machete, que foi quem fez referência a um segundo resgate. O Ministro dos Negócios Estrangeiros. Há um mês, poderia ter dito que seria preferível ser-se resgatado por Angola. Hoje, tinha de pedir desculpa primeiro (ou não).
Em circunstâncias democraticamente normais, o Governo, ao anunciar a necessidade do pedido de um segundo resgate, o primeiro-ministro colocava um ponto final nesta farsa que, no mínimo (para ser simpático), já dura desde a crise política do Verão - gerida, aliás, a partir das ilhas Selvagens, no meio das gargalhadas das cagarras -, marcada pelo novo significado da palavra irrevogável. Aproveitava o PM a comunicação ao país e anunciava eleições antecipadas.
O problema é que não vivemos em circunstâncias democraticamente normais. Sampaio da Nóvoa já o tinha referido no final de Maio, na Aula Magna. Nem de Belém se pode esperar compreensão. Basta falar-se em eleições antecipadas ao Presidente da República para vê-lo benzer-se e atirar água benta ao infame cidadão que lhe ouse falar de tal blasfémia. Os mercados nem querem ouvir falar disso. Assim é que precisamos MESMO de um segundo resgate. Oh wait...
Tempestade perfeita é isto. E o Governo não pede desculpa porque não controla as condições climatéricas que influenciam as decisões. O Borda d' Água não prevê estas situações. O bom caminho é este. Não há razão para preocupações. Stay Calm and in Merkel we trust.