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365 forte

Sem antídoto conhecido.

Sem antídoto conhecido.

24
Jan14

As futuras gerações, a ciência e a Europa

Cláudio Carvalho

Numa altura em que os agentes governamentais falam da necessidade de haver uma particular preocupação com as futuras gerações, como se explica a falta de sensatez das recentes afetações na ciência nacional e as futuras implicações que estas terão no crescimento do produto potencial e, inerentemente, na vida das tais futuras gerações que os agentes governamentais dizem querer proteger? Numa altura em que os agentes políticos - nacionais e europeus - vivem obcecados com o constitucionalismo financeiro, porque é que não existem mecanismos com vista a proteger a ciência e a tecnologia (nacional)? Porque não se implementam procedimentos preventivos e corretivos a nível europeu para países que subfinanciem a I&D, como já ocorre noutros domínios, nomeadamente ao nível das finanças públicas e dos desequilíbrios macroeconómicos?

03
Abr13

Das odes à precariedade à defesa acirrada do imobilismo do statu quo

Cláudio Carvalho

Quanto a isto, apesar de já ter escrito ontem, vale a pena reiterar que me sinto na zona equatorial entre dois lados, diria dois polos: entre o polo do grupo que aglomera os risíveis contorcionistas que procuram desculpabilizar - da forma mais disparatada possível - as infelizes declarações proferidas pelo Miguel Gonçalves e os fanáticos do utilitarismo, do racionalismo ao absurdo e do individualismo metodológico e o polo do outro grupo que congrega os que negam qualquer ponta de influência positiva do individualismo - alguns parecem mesmo querer ignorar a sua associação biológica -, os que convivem bem com um certo imobilismo e oportunismo do meio académico e com o corporativismo de algumas classes profissionais. Aqui, darei o desconto àqueles que, de um polo ou de outro, procuram capitalizar a discussão partidariamente ou que têm apenas “tiradas infelizes”, por exemplo, trazendo para a discussão a pessoa de Relvas. Isso não interessa para o caso e só ridiculariza automaticamente a crítica do próprio emissor.

Se é verdade que concordo com a crítica ao discurso exacerbado à volta do empreendedorismo, da responsabilização individual e do utilitarismo e, ainda, se me preocupa os que se aproveitam indignamente da "especulação" à volta da promoção do autoemprego, também me revolta o discurso extremado da socialização de todas as responsabilidades, a distorção oportunista do empreendedorismo, esquecendo que este assume várias formas para lá da criação do próprio emprego e confesso-me desiludido por subsistir uma certa visão socialmente conservadora, imobilista, e ausente de qualquer sensibilidade pragmática para procurar resolver problemas socioeconómicos e institucionais concretos (faz-me lembrar isto).

 

«As circunstâncias são o dilema sempre novo, ante o qual temos de nos decidir. Mas quem decide é o nosso carácter.»
- Ortega y Gasset

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