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365 forte

Sem antídoto conhecido.

Sem antídoto conhecido.

27
Jun13

Falta de respeito

David Crisóstomo

Para este governo, há cidadãos e cidadãos.

Uns o governo respeita mais.

Outros o governo respeita menos. Quiçá nada.

 

Seria esta distinção para ti, caro cidadão que exerce hoje o direito à greve, abdicando assim de um dia de salário para manifestares a teu repúdio perante o empobrecimento radical a que te querem condenar? Ou será que a mensagem era para ti, prezado cidadão que não trabalha devido a vários trimestres seguidos de contracção económica sem fim à vista, com a maior taxa de desemprego da história da democracia portuguesa? Poderá ser para ambos este novo segundo escalão de respeitabilidade criado pelo respeitoso Marques Guedes? O ministro não esclareceu. Deixou ao nosso pouco respeitável critério, portanto. Fica um mistério, um enigma. Mas um enigma esclarecedor: há cidadãos da República que merecem, para o governo, menos respeito que outros. Menos estima, reduzido apreço, pouca consideração. Não merecem o inteiro respeito das entidades governamentais. Que, como é certo e sabido, dão-se muito ao respeito. E exigem respeitinho. 

 

Para este governo, há cidadãos e cidadãos. Este cidadão tem cada vez menos respeito. Muito menos.

 

27
Jun13

“As grandes reformas do Estado não se podem fazer contra as pessoas e contra o próprio Estado"

David Crisóstomo

A propósito da greve geral de hoje, comparemos:

 

Pedro Passos Coelho afirmou ontem que, se "ao PSD não cabe tomar posição sobre a greve geral de 24 de Novembro, não deixa de compreender as pessoas que a ela aderem". "Mas quero dizer que, se não desfilaremos em greve geral com manifestantes, ninguém nos verá a atirar pedras às pessoas que, cheias de razão, pedirão para que no futuro as coisas sejam mais bem lidadas do que foram nestes anos", disse Passos Coelho.

Passos Coelho: «País precisa de menos de greves e mais de trabalho»

  

(ah, e o titulo desta posta veio desta prestigiada publicação)

 

27
Jun13

A minha greve é igual à tua

Estou em greve.

 

Porque prefiro o meu nome desprezado pelos carrascos deste tempo, antes quero que os pulhas me cuspam do que me doa a consciência.

Trabalho para o Estado, num hospital público. Sempre achei que tenho o dever de não deixar um doente esperar, muito embora nunca os veja, muito embora apenas me passem à frente num ecrã de computador. Sequências de números que sofrem.

Aprendi assim, fui formado a comportar-me assim. Nunca fiz greve enlevado por este sentido do dever, acima do dinheiro, acima das convicções ideológicas, acima dos direitos que outros adquiriram para mim. Trabalhar para o estado representa ser funcionário dos doentes, não do ministro A ou do secretário de estado B.

Nos últimos dias o meu director tem pregado sobre a inutilidade da greve, que outrora fez, mas presencialmente, num gesto abnegado e heróico que não vê em mais ninguém. Debitou horas seguidas de discurso anti-greve, sem no entanto pisar a linha da ameaça, mas quase. Ouvi-o calado.

Falei com colegas que gostariam muito, mas o dinheiro faz falta. A mim também.

 

26
Jun13

Mitologia

André Fernandes Nobre

«País precisa de menos de greves e mais de trabalho»


Enquanto estive emigrado, tive que explicar a um cidadão Sueco que, contrariamente aos mitos propalados por essa Europa de que os povos do Sul são calaceiros trabalham menos horas, na verdade, os Portugueses trabalham tanto ou mais que quaisquer outros cidadãos Europeus.


Aparentemente, esta semana temos que explicar isso ao nosso Primeiro-Ministro.

17
Nov12

A verdade da mentira

Pedro Figueiredo

 

Anda já aí a circular na Internet um vídeo de quase nove minutos de um norte-americano chamado Brandon Jourdan cuja apresentação começa logo por dizer que vem de um site chamado http://www.globaluprising.org Andava com o grupo dos descalceteiros do largo da Assembleia da República.

 

Fico só com uma dúvida em relação ao final de tarde do famoso dia 14 de Novembro, dia de Greve Geral e manifestações por toda a Europa: porque demorou a Polícia a reagir à maior chuva de pedradas que me lembro de ter visto na vida contra agentes da autoridade? Se bem me recordo foi quase uma hora e meia naquela tempestade de granizo ganítico. O Expresso traz hoje em manchete que foi o próprio ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, que deu a ordem para a carga policial. A minha dúvida é simples: porquê só naquele momento?

«As circunstâncias são o dilema sempre novo, ante o qual temos de nos decidir. Mas quem decide é o nosso carácter.»
- Ortega y Gasset

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