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365 forte

Sem antídoto conhecido.

Sem antídoto conhecido.

01
Jan14

Continuamos vidrados nas piruetas dos acusadores puros

Rui Cerdeira Branco

Camilo Lourenço diz que ele e o FMI estão furiosos com o fim da espiral recessiva. O crescimento recente é mau.

Camilo Lourenço descobriu em 2014 que em 3 anos não se reforma estruturalmente uma economia. Camilo Lourenço reconhece, sem o assumir, que tudo isto foi uma palhaçada inútil e inconsequente (exceto na parte em que destruiu a vida de muitas pessoas). Afinal, o malvado consumismo está de volta.

E vestigios da prometida eficácia reformista? O fulgor exportador? Da austeridade expansionista? E a substituição de importações? Tudo anda a reboque do exterior, os empreendedores lusos continuam verbos de encher instrumentalizados para anular qualquer assome que justifique intervenção mais ativa do Estado na economia mas... quase nada se fez além de destruir competitividade. Sim, destruir competitividade quando se perdem quadros especializados altamente formados, quando se ignoram a assimetrias internas à zona euro no mercado de capitais, quando se força um aumento brutal e imediato nos custo de produção energéticos e quando o euro não para de valorizar dificultando-nos a porta a qualquer escape além Europa. E espantosamente, com tudo isto, esperava-se um milagre económico.
O que se recupera resulta:

1) da influência externa (porque os outros recuperam)

2) e/ou porque houve alguma folga (nem toda a austeridade esperada e depressiva era legal e veio a entrar em vigor, lembram-se?) e

3) porque chegámos a alguma psicologia favorável ao consumo por parte dos que podem - já nos anos 80 falámos do pudor induzido pela crise com uma retração "excessiva do consumo" entre aqueles que têm bolsos fundos e posteriar relaxamento do receio pela exibição consumista.
Mas não se alarmem. A culpa essa continua a ser dos mesmos. As bestas estão perfeitamente identificadas e não há mudança de diagnóstico que as redima.

A austeridade cega e o "plano" de um bando de credores que não se entende, passam incólumes. E Camilo Lourenço continua coberto de razões. De dedo em riste e pirueta sempre pronta. Um perfeito ilusionista mistificando muito mais do que esclarece. Um proverbial vendedor da banha da cobra intelectual. Está bom tempo para o seu negócio. Disso não tenho dúvidas. Um verdadeiro empreendedor.

23
Ago13

Vai estudar, Camilo!

Cláudio Carvalho

Camilo Lourenço - quem mais?! -, ontem, no Jornal de Negócios:

Os reitores dizem que podem estar em causa os salários nas universidades caso o Ministério da Educação corte os seus orçamentos em 3%. A presidente da Cinemateca diz que a instituição pode fechar se o Governo não lhe der 400 mil euros. [...] Os reitores sabem isto. Mas fazem o papel de lobby de quem vive pendurado no Orçamento. [...] Quanto aos reitores muda-se a lei e criam-se duas funções: um reitor, para as questões académicas, e um gestor… para aquilo que os reitores não (ou não querem) fazem. Pode ser?

 

Se o Camilo Lourenço estudasse minimamente, alguma coisa, em vez de escrever asneiras atrás de asneiras, conheceria o básico da Lei n.º 62/2007, de 10 de setembro - a mais importante do setor - , que estabelece o regime jurídico das instituições de ensino superior, vulgo RJIES. Ora, leia-se:

 

Artigo 92.º - Competência do reitor e do presidente
1 - O reitor ou o presidente dirige e representa a universidade, o instituto universitário ou o instituto politécnico, respectivamente, incumbindo-lhe, designadamente:
[...]
l) Nomear e exonerar, nos termos da lei e dos estatutos, o administrador e os dirigentes dos serviços da instituição;

[...]

 

Artigo 94.º - Composição do conselho de gestão

1 - O conselho de gestão é designado e presidido pelo reitor ou presidente, conforme os casos, sendo composto por um máximo de cinco membros, nos termos previstos nos estatutos da instituição, incluindo um vice-reitor ou vice-presidente e o administrador.

[...]


Artigo 123.º - Administrador

1 - As instituições de ensino superior públicas têm um administrador, escolhido entre pessoas com saber e experiência na área da gestão, com competência para a gestão corrente da instituição e a coordenação dos seus serviços, sob direcção do reitor ou presidente.
2 - O administrador é livremente nomeado e exonerado pelo reitor ou presidente.
3 - O administrador é membro do conselho de gestão e tem as competências que lhe sejam fixadas pelos estatutos e delegadas pelo reitor ou presidente.
4 - A duração máxima do exercício de funções como administrador não pode exceder 10 anos.

19
Jul13

Os arautos austeritários do comentarismo merceeiro nacional são responsabilizados?

Cláudio Carvalho

Perante os resultados da política económica destes últimos dois anos, perante a incapacidade atual de diagnóstico e de procurar administrar o antídoto que nos permita inverter o atual rumo, não é só o governo e as bancadas parlamentares do PSD e do CDS-PP que têm que ser responsabilizadas. Todos os que defendem, de forma direta ou indireta, que a solução para sair do buraco é cavar ainda mais, devem ser responsabilizados pelo exercício das suas funções. Por ser necessário e óbvio, respeitar a liberdade de imprensa, no caso de José Gomes Ferreira e  de Camilo Lourenço esta responsabilização deve ser autoinfligida. Não é possível apregoar-se, de forma acrítica, a mesma receita quase todos os dias e sair-se impávido e sereno desta situação, límpidos depois de chafurdarem na lama.

Mas há quem se preste a tudo...

«As circunstâncias são o dilema sempre novo, ante o qual temos de nos decidir. Mas quem decide é o nosso carácter.»
- Ortega y Gasset

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