Para Isilda, com amor (ou como é fácil ser desonesto)
Manchete do Washington Post: "Children of same-sex couples are happier and healthier than peers, research shows"
Título do artigo científico que serviu de base ao artigo no Washington Post: "Parent-reported measures of child health and wellbeing in same-sex parent families: a cross-sectional survey".
Veja-se a diferença de tom (shame on you, Washington Post).
Conclusão do artigo em causa: "Australian children with same-sex attracted parents score higher than population samples on a number of parent-reported measures of child health. Perceived stigma is negatively associated with mental health. Through improved awareness of stigma these findings play an important role in health policy, improving child health outcomes."
Ainda assim, era fácil ser desonesto e dizer que não só os filhos de casais do mesmo sexo não são prejudicados na sua educação por não serem educados por uma mãe e por um pai, como aparentemente têm vantagens.
Há que ter honestidade e perceber que, mesmo chegando à conclusão que as crianças com pais do mesmo sexo desta amostra apresentam valores mais elevados de comportamento geral, saúde e coesão familiar, há que ter em consideração que as mesmas são, neste estudo em particular, caracterizadas por um elevado nível de educação e de rendimento económico. Ora este pequeno senão pode levar a implicações interpretativas: o rendimento económico interfere, naturalmente, na saúde e igualmente no comportamento e na coesão familiar. Afinal o que está a criar o impacto?
No entanto, aposto singelo contra dobrado que, se um estudo destes desse umas parangonas jeitosas à team Isilda, o salssifré a que já não teríamos assistido...