Navalha de Occam
"Se em tudo o mais forem idênticas as várias explicações de um fenómeno, a mais simples é a melhor"
Guilherme de Ockham
Passos Coelho insiste que não se recorda se durante três anos auferiu cerca de 5 mil euros por mês. Por si só isto seria inverosímil. No entanto, para o caso é irrelevante uma vez que quer na declaração de IRS quer no pedido entregue à AR em 2000 o agora Primeiro-Ministro declarou expressamente que não havia recebido qualquer verba para além do vencimento de deputado e de participações em órgãos de comunicação social.
Deste modo, é incompreensível por que razão Passos Coelho não reitera a informação veiculada nesses documentos e simplesmente negue que tenha recebido tais quantias — a menos que duvide da veracidade das suas declarações.
Se assim é, e mesmo que tudo fique esclarecido, como é possível confiar num Primeiro-Ministro que nem em si próprio confia?