Nada não será. Mas o processo de negociação de um Orçamento é relativamente banal. Devido ao excelente nível de proficiência técnica e política, o anterior governo fazia isso duas vezes por ano, porque nunca conseguiu fazer um Orçamento que não precisasse de um Orçamento Rectificativo.
‘Much ado about nothing’
Do DE de ontem:
A Comissão é sempre crítica, e qualquer pessoa que acompanhe regularmente estes assuntos sabe que cartas duras, perguntas sucessivas e um permanente “não chega” são vulgares. De relevante temos isto: a negociação será (como sempre é) concluída. Nada de novo.
O que foi novo, e se guarda como sinal de novos tempos, é que a direita portuguesa batalhou no Parlamento, nos media e em Bruxelas para que Portugal fosse objecto de um chumbo inédito do Orçamento, o que nos poderia levar a uma nova fase de instabilidade e crise.
Já pagámos esse preço para que a direita pudesse chegar ao poder e implementar a sua estratégia de nos empobrecer a todos enquanto protegia o sector financeiro e os credores internacionais. 2011 não volta. Habituem-se.