E um bom sinal que a academia se pronuncie sobre estes evangelistas, e e este o caminho da blogoesfera, ter uma voz própria e contrastante com a voz do dono dos mass media.
Claro que a aprovação ou rejeição do OE é política, dado que o que se discute é se é ou não possível implementar outras políticas que não a cartilha de Bruxelas. E há muita gente no colégio de comissários e no Eurogrupo que apostou a sua reputação no sucesso dessa cartilha. Mas eu gostava de saber quais as reformas da PàF que 'começaram' a dar resultados. Em termos de deficit é o que se sabe, em termos de dívida idem, e nem vale a pena falar do estado desgraçado do nosso setor bancário. E, por esta última razão, não vale vir dizer que o deficit foi o que foi em 2014 e 2015 por causa de BES e Banif, porque o plano PàF/Troika para este setor falhou redondamente com as culpas do tandem Albuquerque/Costa bem visíveis. Porventura, o estampanço maior da PàF é mesmo a forma completamente incompetente como tratou do setor bancário. Nós só não vimos ainda todas as consequências disso...
Para quem não tem paciência para ler o meu comentário anterior - confesso que às vezes me excedo - aqui vai a versão reduzida: "Primeiro. Cuidado! O Deus dos mercados exige sangue, vítimas! E não podem ser bancos, convém que sejam funcionários públicos e velhotes. Segundo. Passos Coelho é apontado como próximo prémio Nobel da física depois de ter descoberto como fazer um sêxtuplo salto mortal à retaguarda. Agora subo impostos, agora não! Agora a austeridade é boa, agora não! Agora mando emigrar, afinal já não! Esqueci-me de pagar impostos, afinal não havia impostos a pagar."