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Sem antídoto conhecido.

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12
Mar14

Entre a reestruturação e a bancarrota

Sérgio Lavos

Sobre a premência da reestruturação da dívida portuguesa - de resto, defendida desde 2011 pelo BE e pelo PCP, é preciso não esquecer -, e a sua insustentabilidade, deixo aqui estes dois artigos*, um publicado em Fevereiro passado no New York Times: 

“Portugal’s debt is just not sustainable,” Mr. Salanic said, as he tucked into a heaping plate of eggs and potatoes. “In fact, it is even more unsustainable than Greece.”

E o outro um comentário ao relatório apresentado pelo analista do hedgefund que apostou na bancarrota de Portugal:

"Portugal alone is enough to sink the Eurozone given ECB leverage.

I have said repeatedly there is absolutely no way the Eurozone can stay intact and the above analysis strongly supports my claim.

That bond yields are so low in spite of the fundamentals is not an indication things are getting better. Rather, it is a strong sign of a bubble-supportive speculative mentality that central banks have fostered.

I do not know what the catalyst for a breakup will be, or when it happens, but Portugal is clearly back on my radar of things to watch. 
"

Os sacrossantos "mercados", tão adorados como temidos pelo Governo, sabem bem que nada do que está a ser feito tem qualquer consistência ou credibilidade. Para Portugal pagar a sua dívida, precisa de crescer economicamente a um ritmo que apenas a China apresenta, uma impossibilidade prática. Mas lá vamos cantando e rindo, caminhando em direcção ao abismo, pela mão de um primeiro-ministro que acusa de "irrealismo" quem apenas se limita a constatar o óbvio ululante. E quanto mais tempo vai passando, mais irremediavelmente endividados vamos ficando. E é a isto que chamam "sucesso do programa de ajustamento".

 

*Via Luís Menezes Leitão.

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«As circunstâncias são o dilema sempre novo, ante o qual temos de nos decidir. Mas quem decide é o nosso carácter.»
- Ortega y Gasset

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