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365 forte

Sem antídoto conhecido.

Sem antídoto conhecido.

14
Fev16

Auto-sobrevivência — edição Portugal 2016

Diogo Moreira
Eu tendo a concordar com a opinião expressa, entre outros, por Pedro Adão e Silva, de que se os partidos que sustentam o governo forem responsáveis pela sua queda sofrerão perdas eleitorais consideráveis, independentemente das razões que possam ter para isso. Isso é o principal argumento que fornece alguma estabilidade ao actual arranjo governativo.

Da mesma forma, em última análise é também isso que permite um mínimo de confiança de que as propostas do governo, em abstracto, passarão no parlamento. Afinal, qualquer chumbo maioritário de propostas governamentais será sempre como o prelúdio para a queda do governo e realização de eleições. Isso não significa, como vimos no caso do Banif, que BE/PCP/PEV não possam votar contra propostas que se saiba que serão viabilizadas pelo PSD. O importante é sempre que as esquerdas não sejam vistas como bloqueando a acção governativa.

Dito isto, haverá sempre um cálculo permanente nos partidos de esquerda sobre o que perderão em termos de eleitorado com o apoio a medidas impopulares do governo do PS versus o que perdem em termos de votos se forem vistos como responsáveis pela queda do governo. Enquanto o saldo desse cálculo continuar a ser visto como positivo, o apoio ao governo PS continuará, com mais ou menos discursos positivos. Se o saldo se tornar negativo, não tenhamos dúvidas que o apoio ao governo subitamente desaparecerá.

E para esses cálculos, o PCP/PEV tem uma posição mais débil que o Bloco. Algo que o PS, e em particular António Costa, terá de gerir com muito cuidado. 

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«As circunstâncias são o dilema sempre novo, ante o qual temos de nos decidir. Mas quem decide é o nosso carácter.»
- Ortega y Gasset

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