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365 forte

Sem antídoto conhecido.

Sem antídoto conhecido.

16
Nov13

Há quem diga que é mau perder, há quem diga que é mau carácter

Nuno Oliveira

Este segmento do Expresso serve justamente para cochichos e recados. Não vou por isso dissertar sobre a qualidade jornalística de uma secção que não é certamente feita a pensar na qualidade de um jornalismo de referência.

 

O que espanta neste caso em particular é ser absolutamente arbitrário e gratuito. Seria como alguém escrever "há quem diga que quem escreve o comendador não é o Henrique Monteiro, é o Johnnie Walker." Seria parvo e seria gratuito.

 

Este comentário publicado hoje no rescaldo da troca de cartas revela um "mau perder" muito muito grosseiro. 

 

27
Out13

Central Tejo (III)

David Crisóstomo

Há uns doentinhos por aí à solta. Este daqui é um exemplo. Esta gente preocupa-me. Será que ele dorme bem? Tem quem o auxilie? Não sei, mas é inquietante. Escreve no blogue da outra maluquinha dos cavaleiros de Jerusalém e como tal, pronto, já devia ser expectável. Mas deixa-me em cuidados na mesma. Isto merecia ser estudado. Será que têm noção das figuras que fazem? De como são vistos? É que já só consigo ter piedade. E desejos de melhoras. Que se cuidem e encontrem a ajuda que precisem.

 

27
Out13

Central Tejo (II)

David Crisóstomo

 

Cruzes credo, que o Sócrates deu uma entrevista em que, cruzes credo, utiliza expressões como "bandalho" e "estupor", cruzes credo, não pode ser, cruzes credo, a Graça Franco ia tendo uma coisinha má, cruzes credo, a embaixada alemã reagiu e o Rui A. está preocupado com o prestigio nacional, cruzes credo, o Pedro Mexia acha que foi um discurso jardinista e indigno, cruzes credo, a modesta opinião da Helena Matos já não aguenta mais, cruzes credo, a Maria João Marques está enojada com tal esgoto, cruzes credo, é sinal de que está "raivoso" segundo opina o bandalho do Santana Lopes, cruzes credo, que todas aquelas expressões têm o "seu Q de grosseiro" diz a briosa Maria Teixeira Alves, cruzes credo, que horror, cruzes credo, que isto não é forma de dialogar, cruzes credo, nem de respirar, cruzes credo.

 

Estou com pouca paciência e como tal vou ser directo: deixem-se de merdas, sim?

 

27
Out13

A oposição como fator de (auto)preservação do statu quo

Cláudio Carvalho

«Quando uma coisa está em movimento, ficará eternamente em movimento, a menos que outra coisa a detenha»

(Thomas Hobbes, in «Levitã»)

 

Se há alguma coisa que a política nacional nos tenha ensinado recentemente é que, para além de termos assistido à maior burla política de sempre nas eleições legislativas transatas, o confronto do debate político que Sócrates e Louçã proporcionavam era um garante da salubridade de um dos pilares do Estado democrático, que é o parlamento. Goste-se ou não, haja identificação político-ideológica ou não, a história está a mostrar que a «saída da cena principal» de ambos, nomeadamente neste período difícil do país carente de bens materiais e imateriais, está a causar danos dolorosos à democracia parlamentar. Por muito verosímil que seja o pressuposto de que "não existem insubstituíveis, muito menos na política" e por muito que existam personalidades nas bancadas parlamentares que se destaquem positivamente, como este senhor ou este, a verdade «nua e crua» é que as lideranças partidárias atuais não promovem a accountability, o (saudável) confronto político, a construção de alternativas percetíveis aos olhos dos cidadãos, a convergência em determinadas matérias de cariz moral ou até económico e um discurso suficientemente agregador e mobilizador. Tal, sobretudo quando aplicado às atuais lideranças dos diferentes partidos que constituem a oposição, só possibilita a (auto)preservação deste governo e da imposição da sua cartilha. Pior: mesmo que o panorama governativo mude em 2015, com mais ou menos estabilidade política, dificilmente esta oposição será capaz de personificar uma mudança de rumo económico-financeiro nacional e dificilmente se mostrará como um atrito ao atual modelo de governança e à atual política orçamental e monetária que guia esta União Europeia e a Zona Euro. Esta oposição está-se a mostrar como um fator de (auto)preservação do statu quo. Assim não.

27
Out13

Central Tejo

David Crisóstomo

O que se passou na passada quarta-feira passada no Museu da Electricidade estremeceu muito boa gente deste nosso feliz protectorado. Guinchos, grunhos, gritos de repulsa com as cerca de 1000 pessoas que se deslocaram para o lançamento do livro de José Sócrates - ou como nos chamou o Vasco Pulido Valente, "assistência de "notáveis", seleccionados por convite." (confesso que sempre quis ser um notável, muitó'brigado Vasco).  Entre os notáveis que estiveram na presença da criatura satânica estavam Noronha Nascimento e Pinto Monteiro. Ora, há por ai uns quantos bons seres pensantes que acham que isso é que já não pode ser. Que o senhor ex-juiz do Supremo Tribunal de Justiça e o senhor ex-Procurador-Geral da República, ambos já aposentados, não podem ir às apresentações de livros que bem lhes apetecer, que têm que se resguardar, ficar enclausurados nas suas residências, porque senão é uma pouca vergonha. Sim, cidadãos livres de constrangimentos profissionais têm que abster-se de ter participação cívica (ou hábitos de leitura públicos, aparentemente) porque há senhorias que crêem que assim é que é, que há que manter as aparências, que a mulher de César e tal, eles lá sabem. "Ai não, não posso ir lá, ia parecer mal, é melhor deixar-me estar aqui quietinho e caladinho". Adoro este tipo de filosofia na direita nacional. A do respeitinho, a do caladinho para manter as aparências, a direita da etiqueta e dos pacotinhos de chá. Oh minhas gentis excelências, ganhem tino, era só o que mais faltava que agora dois cidadãos livres de compromissos públicos não pudessem ir a aonde bem entendessem. Ou só aonde vossas excelentíssimas personagens o determinassem. Já fizeram uma listinha de locais proibidos? De sítios pouco recomendáveis? E multas para quando essa gente decide ir na mesma? Não pode ser. Há que lhes limitar a cidadania. Limitar-lhes o pensamento. Pois aparentemente o ilustre pessoal que defende estas coisas já o tem bem limitado.


20
Out13

Haja alguém que defenda Portugal

Nuno Pires

 

Sentindo uma indescritível vergonha por ter um Presidente da República que se apressa a tentar desqualificar alguém que diz umas verdades a seu respeito, mas que nada faz quando órgãos de soberania da República a que preside são vilipendiados por entidades externas, não posso deixar de congratular-me ao constatar que há quem, apesar de não ocupar qualquer cargo político, não hesite em fazer uso do espaço mediático de que dispõe para defender Portugal.

 

 

14
Out13

O fantasma do líder anterior

Rui Cerdeira Branco

Caro Vega9000, apesar de hoje até ter dado um nobel da economia, não sou grande fã de estudo de eventos, em particular quando estudas um fenómeno multivariado onde não consegues controlar tudo o resto que condiciona a realidade. E nesse sentido, o teu exercício de prova (aparentemente o PS - e o PSD, já agora - começaram a subir após Sócrates ter regressado) nunca te poderia dar razão tal como nunca te a poderia tirar. No final desta conversa, não sairá ninguém com razão pois estaremos a discutir perceções, interpretações. Especulamos sobre consequências políticas.

Talvez tenhamos contudo diferentes pontos de partida. Acredito que Sócrates é ainda hoje um lastro complicado para o PS, incluindo para uma parte importante do eleitorado que podia perfeitamente abandonar a abstenção, o voto branco ou nulo e regressar ao eleitorado do PS. Provas? Não tenho. É uma apreciação subjetiva do que vou vendo por aí. Falível como é óbvio. O que sei é que a governação anterior está longe de ter sido digerida, escalpelizada, debatida. E não vejo que uma defesa monolítica e naturalmente enviesada promovida por Sócrates a substitua com propriedade. Repito, como disse anteriormente, há por aí culpas de parte a parte. Nada que se pareça com o exercício de reflexão feito pelo PSOE foi desencadeado por cá, por exemplo. É pena.

Em defesa adicional da minha tese posso apenas acrescentar que a ameaça, os engulhos de um ex-líder a uma nova liderança são um clássico em política. Episódio aliás já visto em Portugal e no passado do PS. Tanto mais danosa quanto (entre outros):

 

1) Mais pesado for o fardo percebido pelo eleitorado associado ao antigo líder (a tal questão da credibilidade e do peso político do antigo líder);

 

2) Maior for a identificação de ambos os líderes com a marca partidária que os une;

 

3) Quanto mais fraca for a nova liderança em matéria de autoridade política.

Perante esta grelha é até possível haver algumas situações teóricas em que o impacto da convivência de líderes sucessivos seja virtuosa; não me parece que seja o caso. É até particularmente nefasta pelas três razões.

Acrescendo, já agora, que nem sequer oferece a esperança de uma alternativa dado que não creio que haja qualquer motivação ou possibilidade nesse sentido. Aliás, dito isto, aproveito para esclarecer que é irrelevante se há ou não lealdade. Não invoquei qualquer deslealdade e à exceção de uma discutível interpretação pré-eleitoral que Sócrates fez sobre as autárquicas, nunca lhe vislumbrei qualquer ataque à atual direção. Admito até que haja alguma entente cordiale. O que releva é o efeito que a situação produz.

É claro que podes conviver bem com a última alínea pois sublinha a fragilidade de uma direção de que não és apoiante, tudo bem. Alegra-me pouco essa evidência e acho despropositado que se faça por esta via.

Procurando respeitar um certo sentido de justiça que me é caro, não é esse o meu caminho de eleição e fosse quem fosse o líder atual do PS, a sensação que tive ontem de que estava a assistir a algo contra-natura ao ver na RTP1 o antigo líder a comentar o governo segundos depois da conferência de imprensa manter-se-ia. Acredita se quiseres. Não me leves a mal, mas, nesse particular, a tua opinião ou a de qualquer outra pessoa interessa-me pouco. É o que penso.

 

Quanto ao resto do teu artigo… O meu nível de empolgamento com o atual PS poderia ser francamente melhor (não o tenho escondido por aí e até por aqui) e acho que há muito por onde melhorar e a criticar nas posições e nas omissões evidentes. Mas tenho também poucas dúvidas que não temos melhor alternativa para recuperarmos o bom governo do país a que se junta a evidência de que não é este o momento para pensar em mudar de direção.
Dito sito, até para me sentir mais “credenciado” nesses contributos críticos que possa vir a dar (pontualmente alinhado ou desalinhado com a atual direção), não podia deixar de passar isto que me parece uma situação que roça o absurdo político.

Uma situação que acho deveria ser evitada por todos. Aliás, acho que não me afasto muito do que pensa António Costa sobre o assunto, quando afirmou que não imagina sequer, como amigo, que isto seja bom para Sócrates:

 

"Má ideia. Enfim. Mas é como amigo." Disse há uns meses sobre o assunto

 

Acrescento que tenho imensas dúvidas que seja bom para o PS. Como camarada.

«As circunstâncias são o dilema sempre novo, ante o qual temos de nos decidir. Mas quem decide é o nosso carácter.»
- Ortega y Gasset

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