E vivam os consensos
Trabalhadores, empregadores, sindicatos, associações patronais, deputados da esquerda e também da direita (em particular de um CDS que parece andar confuso), sociólogos, antigos líderes partidários, comentadores de diferentes tons partidários... todos concordam que este não é o caminho a seguir e que os sacrifícios que estão a ser pedidos aos portugueses estão a resultar numa situação bem pior do que aquela que o atual Governo encontrou quando, há dois anos, tomou posse.
No Le Monde escreve-se precisamente sobre esse amplo consenso: o consenso de que a estratégia (se é que ela existe) seguida por este Governo está errada e que urge parar com a austeridade que tem vindo a destruir a nossa economia ao longo dos últimos anos.
A tão propagandeada credibilidade externa granjeada por este Governo não passa disso mesmo - de propaganda - e o ministro Maduro, que tanto tem repetido a expressão, já deveria ter percebido que o único consenso generalizado que existe na sociedade portuguesa se baseia na rejeição das opções políticas do Governo que integra.