As 5 fases da morte
Primeira, negação e isolamento: o executivo e os grupos parlamentares da maioria mantiveram-se, durante pelo menos 18 meses, em constante isolamento político. Orgulhosamente sectários. Em negação, perante os resultados do OE2011 e, especialmente, do OE2012, rejeitando a realidade perante os olhos: mais desemprego, mais impostos, menos receita, mais despesa, menos produto, as previsões falhadas, vistas e revistas e, claro, a espiral recessiva.
Segunda, raiva: Pedro Passos Coelho, 7 de abril de 2013, solta a sua raiva contra o Tribunal Constitucional (TC). Manipulador como é o seu timbre, procura imputar ao TC as consequências dos resultados das suas próprias opções políticas. Raiva, desespero, frustração, o resultado de servir os interesses de outros que não os do seu povo.
Terceira, negociação e diálogo: Poiares Maduro e Pedro Passos Coelho apelam ad nauseam ao consenso político, nomeadamente a uma concertação com o Partido Socialista (PS). O PS rejeita o presente envenenado, rejeita comprometer-se com a política económica desastrosa de Vítor Gaspar e cia..
Quarta, depressão: Passos Coelho e Paulo Portas moribundos; Conselho de Estado marcado. O fim está próximo.
Seguir-se-á, antes do último suspiro deste governo, o quinto e último estado: a aceitação.
Finalmente, o fim. A morte deste governo, o fim do calvário de um povo e o raiar de um novo dia.