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365 forte

Sem antídoto conhecido.

Sem antídoto conhecido.

15
Abr13

Estão bastados

David Crisóstomo

 

E você, lembra-se dos amanhãs dourados que a iluminada direita portuguesa prometia?

Lembra-se do 'isto vai lá com o corte nas gorduras'? Do 'acudam que há asfixia democrática'? Do 'temos o primeiro-ministro mais mentiroso da história da nossa nobre nação'? Do 'o maior aumento de impostos de sempre'? Do 'há limites para os sacrifícios dos portugueses'?

Então e desta imagem que se viralizou pela blogocoisa indignada da altura, lembra-se?

 

 

E a imagem foi popular. Oh se foi. Muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito popular. Já bastava. Criou-se um hexágono revoltado e toca de o propagandear por toda a santa web. E o governo caiu. E veio esta coisa dita governamental que dia após dia se dedica ao dilaceramento da economia portuguesa, destruindo e desprezando, quais bestas ignorantes, toda a evolução social pela qual o país passou. Isto enquanto não conseguirem subverter a Constituição da República Portuguesa a um textito escrito em papel vegetal que possibilite ignorarmos de vez aquele conceito exótico a que chamamos 'Estado de Direito'. E os direitas bastóides aplaudem, claro. E se este governo cair vão dizer que, coitadinho, não conseguiu levar até ao fim o seu plano redentor que salvaria a pátria de todos os males do mundo. E ainda vai haver alguém que acredite, pois consta que o Alzheimer é uma epidemia em expansão.

 

Há uma direita nacional que crê que temos todos memória de periquito alaranjado. Já basta, sim?

 

«As circunstâncias são o dilema sempre novo, ante o qual temos de nos decidir. Mas quem decide é o nosso carácter.»
- Ortega y Gasset

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