Não há oportunidades na doença
De acordo com o Jornal de Notícias, 2012 registou o maior recurso ao Serviço Nacional de Saúde desde que o sistema é monitorizado. Diz o artigo que houve mais de sete milhões de portugueses que consultaram o médico de família, algo que muitos utentes nem sequer têm atribuído devido à distribuição geográfica dos recursos existentes. Uma passagem dos sistemas privados para o público, à qual a crise não é alheia.
A par do desemprego, a doença é provavelmente a condição que mais implicações terá na dignidade da condição humana. Coloca qualquer indivíduo numa situação de vulnerabilidade, cuja resolução não depende directamente da vontade de cada um. E é aqui que o Estado tem um papel fundamental. Não, eventualmente, na resolução do problema, mas a minorar o impacto negativo que tal terá nas pessoas.