Ah e tal, o socratismo, as viúvas e coiso
É muito curioso:
Quando há algo de negativo associado ao anterior Governo, são parangonas a associar o nome Sócrates em grande - e em neon, de preferência. É o caso das Novas Oportunidades, do Magalhães, do Parque Escolar. Vai tudo etiquetado de "certificação de ignorância", a fraude e a empresas do regime.
Não deixa de ser muito curioso porém que, nesta notícia singela, a referência feita ao anterior Governo é vaga e, claro, o nome de Sócrates nem sequer é balbuciado:
Produção de energia renovável disparou em Janeiro, comentário
"Portugal está a fazer um bom trabalho porque está a subsituir importações por exportações. No caso da energia, é verdade que o mês de Janeiro correu muito bem para as empresas exportadoras e até aumentámos o nosso saldo de exportação de energia. Correu tão bem (...) que 62% da energia eléctrica que consumimos em Janeiro foi produzida com base em fontes renováveis, nomeadamente água e vento. A produção de energia hídrica triplicou em relação ao mês de Janeiro anterior. No caso da energia eólica, aumentou 82% em relação ao mês de Janeiro do ano anterior. E isto é uma daquelas áreas em que Portugal apostou no passado, tem alguns custos porque esta energia é subsidiada pelos consumidores. A verdade é que houve alguém que fez as contas e que chegou à conclusão que nos últimos 6 anos Portugal já poupou - deixou de gastar em importações de energia 6,3 mil milhões de euros.(...) Revela-se uma boa aposta. Tem alguns custos como eu disse, mas não há nenhuma energia renovável, no mundo, onde quer que seja que não tenha de ser subsidiada. E Portugal apostou nisso no passado e agora está a dar resultados".
Singelo contra dobrado: se os resultados das apostas nas renováveis não estivessem a ser estes, quantos telejornais e grandes parangonas teriam o nome de Sócrates a um tamanho que qualquer míope detectaria?