Isabel Jonet do ambiente
Fátima Matos Almeida, presidente da mais ou menos desconhecida Associação Portuguesa de Educação Ambiental, defende que «a crise actual vai ajudar os nossos propósitos ambientais».
Diz a senhora dona Fátima, citada pela Agência Lusa, que a austeridade «vai obrigar as pessoas a repensarem as suas prioridades, os seus consumos e desperdícios», mas também a «encontrar outro caminho de convivência com a Natureza».
E tem roda a razão.
Com a crise, por exemplo, podemos passar a conviver com a Natureza ficando sem casa. Como os sem-abrigo gregos ou os despejados espanhóis.
Com a austeridade, por exemplo, podemos deitar para o lixo menos embalagens de bifes ou até - ideia brilhante, preparem-se! - escusamos de mandar as crianças para a escola com um pacote de sumo e um pão para o lanche, como no meu tempo, em que se vivia claramente acima das possibilidades. O plástico faz mal ao ambiente, como sabem.
Repensemos, então, as nossas prioridades. A minha passou a ser nunca contribuir com um tostão para a Associação Portuguesa de Educação Ambiental.