O orgulho
Eu imagino que seja um enorme orgulho e um grande alívio de consciência ser-se deputado de um dos partidos que apoia o governo, aprovar sem pestanejar (esqueçamos as inócuas declarações de voto) Orçamentos do Estado com malabarices como esta e, depois, conviver serenamente com notícias como esta (ou esta) que revelam que as famílias portuguesas já não estão a conseguir suportar serviços essenciais, como o fornecimento de eletricidade, gás ou água, como se não fosse nada comigo.
Eu teria vergonha. Eventualmente, demitir-me-ia na hora. Mas isso sou eu, que devo ter um problema qualquer.
(Imagem: recorte da capa do Jornal de Notícias de 10 de dezembro de 2012)