A China, o PC e a EDP
O Estado chinês é o maior acionista das 150 maiores empresas do país e determina o rumo de milhares de outras, diz o Economist, num artigo intitulado A Mão Visível e publicado já no início de janeiro.
Casos semelhantes acontecem na Rússia ou no Brasil.
O Estado Português, na ânsia de agradar a alemães e a troikanos, tem vindo a desbaratar o património luso e, depois da EDP, seguir-se-á a TAP, a ANA, várias outras empresas de transportes, a comunicação social – RTP, Lusa -, a Educação, a Saúde.
E isto acontece quando, nas antípodas, se mantém ou reforça lógicas inversas, optando-se por um reforço do Estado no Estado.
Inversamente também, o maior acionista da EDP – o chinês Cao Guangjing, presidente da empresa "China Three Gorges", entrou a 14 de novembro para o Comité Central do Partido Comunista daquele país.
Curioso, por isso, que aqueles que defendem Estado Chinês no Estado Chinês, sejam os que cá aproveitam o Estado capital para por um bocadinho de Estado Chinês no Estado que afinal deveria ser português.