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365 forte

Sem antídoto conhecido.

Sem antídoto conhecido.

29
Jun16

Catch-artigo 50º

CRG

A redução do voto no Brexit a uma questão de xenofobia ou provincianismo (o que não quer dizer que não sejam elementos relevantes) é não perceber as dinâmicas sociais: de acordo com as sondagens, foram os denominados "perdedores da globalização" - a classe trabalhadora com pouca instrução - que votaram em maior número no Leave.

 

Na ausência de um discurso de esquerda, a direita populista de Le Pen, passando pelo Boris ao Trump, são os principais beneficiados deste movimento de insurreição contra as elites no poder (da direita à esquerda da terceira via). Esta camada de população insurgiu-se contra as promessas que durante anos lhes venderam: a globalização e os mercados abertos seriam vantajosos para todos; a austeridade iria promover a confiança e, por via disso, o crescimento económico; o aumento da produtividade tornaria todos mais ricos, e não apenas uma pequena percentagem da população.

 

Na realidade, assistem a uma estagnação dos salários (no Reino Unido o rendimento médio dos trabalhadores está 7,5% mais baixo que em 2009), desemprego, deslocalização da indústria para o estrangeiro (pela primeira vez o estrangeiro não precisa de ser emigrante para se constituir numa ameaça ao seu posto de trabalho) e uma desigualdade crescente dentro dos países.

 

Neste contexto, a UE, enquanto veículo que intensifica a globalização, é um dos principais alvos dos políticos que procuram agradar àquele eleitorado. E esta é a ironia do projecto europeu porque a UE é, ao mesmo tempo, uma das poucas instituições que, caso assim queira, pode reduzir os efeitos nefastos da globalização. Será que ainda vamos a tempo? Ou será que - como as primeiras reacções ao referendo parecem prever -  a UE, parafraseando Orwell, vai escolher a estupidez e manter tudo como está?

29
Jun16

Um PSD zangado com o sucesso orçamental de Portugal

Nuno Oliveira

Parece que ao PSD, face ao bom resultado da execução orçamental e zangado com o sucesso do país, não resta outra coisa que não dizer falsidades ou afirmar falácias. As informações são escrutináveis a quem queira olhar para o documento da execução orçamental disponibilizado pela Direção-Geral do Orçamento.

 

1. A falsidade. A informação de atrasos nos reembolsos do IRS não é sustentada por qualquer documentação. O que a documentação indica é que os reembolsos aumentaram. O secretário de Estado já assumiu um aumento do prazo médio do reembolso de 30 para 36 dias, resultado das alterações introduzidas. Tal não impediu, contudo, um aumento dos reembolsos do IRS face a mesmo período do ano passado: 653 milhões devolvidos até maio de 2015 e 676 milhões devolvidos até maio de 2016.

Mas falando de reembolsos, Miguel Morgado poderia também ter referido os reembolsos do IVA. Enquanto o PSD adiou os reembolsos do IVA prejudicando as empresas e a economia nacional para tentar sacar uns votos com a ilusão da devolução da sobretaxa, o atual governo regularizou essa situação. Até maio de 2016 tinham sido devolvidos mais 200 milhões de euros de IVA que em igual período de 2015. No conjunto da receita fiscal, o aumento dos reembolsos foi 8,8%, o equivalente a 230 milhões de euros, conforme se pode ver no quadro da página 27, que todos queremos acreditar que Miguel Morgado terá visto.

2016.06.29 Quadro Reembolsos Receita Fiscal.jpg

2. A falácia. Miguel Morgado usa o atraso no pagamento a empresas para justificar a melhoria do défice. Apesar de se registar um aumento de cerca de 140 milhões de pagamentos em atraso (conforme tabela abaixo, da página 66 do documento da DGO), este valor está muito longe da melhoria de 453 milhões de euros que se registou no défice.

2016.06.29 Pagamentos em atraso.jpg

 

 

 

29
Jun16

À beira do abismo, há quem ache que devemos dar um salto gigante em frente e esperar que nos cresçam asas.

Diogo Moreira
28
Jun16

O nacionalismo é essencial para qualquer construção política

Diogo Moreira
26
Jun16

A eurocracia não está a ajudar

Diogo Moreira
Juncker, e os restantes "homens sábios" que lideram esta união disfuncional, em vez de fazerem declarações incendiárias para "expulsarem" o Reino Unido o mais depressa possível, deviam mas é estar caladinhos, à espera de saber se o #Brexit vai ser mesmo realidade ou não. Quanto mais tempo passar antes da invocação do artigo 50 por parte do governo britânico, maior se torna a probabilidade de ele nunca ser invocado. Nova liderança é precisa na UE. Sobretudo mais calma, sensata e inteligente.

Pág. 1/3

«As circunstâncias são o dilema sempre novo, ante o qual temos de nos decidir. Mas quem decide é o nosso carácter.»
- Ortega y Gasset

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