Apelo
Se acham que este foi "um golpe de secretaria", um "golpe de Estado", um "assalto ao poder" sem "legitimidade democrática e constitucional", e que a Assembleia está "refém de uma minoria" e da "sede de poder" e "ambição pessoal" de António Costa... Se acham e defendem isto tudo, espero sinceramente, e sem um pingo de ironia, que o manifestem. Que tirem as devidas consequências de todas essas acusações e frustrações legítimas e que saiam à rua demonstrar o vosso descontentamento e revolta. A indignação não é monopólio de ninguém. Todos merecem (e devem) ter o direito de se mobilizar e sair à rua, ir para a frente das escadarias da Assembleia da República e lutar com a força que têm por aquilo que defendem ser razoável, justo e legítimo. Foi assim durante os últimos quatro anos quando centenas de milhares de pessoas fizeram mais que escrever nas redes sociais e saíram à rua para protestar muitas e muitas vezes contra os ministros, os medidas, as inconstitucionalidades e as injustiças que sentiam que estavam a ser cometidas. Se de facto as acusações têm sido sinceras e sem cinismos, é esse o passo a dar.
A luta continua, sempre.