Nas últimas semanas, os malabarismos do nosso XIX Governo com os números do desemprego têm preenchido o espaço mediático.
O atual Governo manifesta-se muito satisfeito com o seu esforço de "cozinhar estatísticas" e verificar, consequentemente, que os números do desemprego oficial estão a diminuir, insultando assim milhares de pessoas que não conseguem encontrar emprego, bem como cerca de meio milhão de pessoas que se viram forçadas a aceitar o convite deste Governo e deixar o país, ao longo desta legislatura, para conseguir viver com um mínimo de dignidade.
Na verdade, e a título meramente exemplificativo, se todos os desempregados forem incluídos em programas ocupacionais, em formações que em nada promovem a sua empregabilidade, ou se todos os desempregados emigrarem, o seu número descerá a zero. É um cenário limite, é uma hipótese ridícula, mas, face ao comportamento revelado nos últimos tempos, seria uma situação que o nosso XIX Governo celebraria com um enorme entusiasmo (possivelmente levando ao êxtase um imberbe Bruno Maçães, caricatura fiel deste Governo e sempre disposto a envergonhar todo um país com tentativas disparatadas de mascarar uma realidade indisfarçável).
Talvez um pequeno desenho, com base nos números oficiais, ajude a perceber o drama social que o XIX Governo teima em tentar ocultar e para o qual nunca se inibiu de contribuir.
O brutal aumento do desemprego é a marca distintiva do XIX Governo. É o maior problema que o próximo Governo terá que enfrentar.
Está na altura de parar de brincar com os números e começar a respeitar os portugueses.