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365 forte

Sem antídoto conhecido.

Sem antídoto conhecido.

04
Abr15

Enquanto há força, cantai rapazes, dançai raparigas, seremos muitos, seremos alguém

MCF

 

Sampaio da Nóvoa é candidato a Presidente da República. Ainda bem. 

Ele foi, e neste momento será o melhor cartão de apresentação dele que me ocorre, o homem que teve a coragem de dizer ao País, na presença do actual Presidente e de Passos Coelho (vale muito a pena ver as reacções e ouvir tudo) o que precisava de ser dito. Palavras duras, mas justas e entregues sem gritaria nem demagogia. Um homem que tem esta coragem está mais que no seu direito de se candidatar:

 

 

É verdade que Sampaio da Nóvoa é pouco conhecido no País, mas não podemos continuamente clamar pela necessidade de a sociedade civil gerar alternativas aos "mesmos de sempre", "políticos de carreira", "gente que vive da política e nunca fez nada na vida" (o que em si mesmo é debatível, mas não é isso que interessa agora) e depois afastarmos quem não tem carreira pública porque "é inelegível". 

É verdade que Sampaio da Nóvoa regularmente arrebata plateias, da Aula Magna à Gulbenkian, mas que elas dificilmente representam o País. É verdade que, como académico de sempre, nem sempre o seu discurso é fácil de digerir ou se percebe sem um módico de concentração pouco comum no leitor apressado que hoje é dominante. 

É, por fim, verdade, que quem não conhece a Academia não sabe que um Reitor é um gestor de topo, um executivo, e é fácil colar aos académicos o rótulo de "teóricos". 

E por estas razões, tive muitas hesitações, especialmente quando Sampaio da Nóvoa intervém no Congresso do PS, num momento em que, talvez porque não foi inteiramente fiel a si próprio, ficou muito aquém do que nos habituou.

Tudo isso fica resolvido hoje: se queremos um País diferente temos de arriscar fazer diferente. Nunca duvidei que daria um bom Presidente, apenas, num primeiro momento, que fosse elegível. Mas isso é duvidar de nós próprios, enquanto País.

Merecemos, colectivamente, a oportunidade de mostrar que sabemos escolher. Que preferimos um humanista a mais um "ás" do excel. Que sabemos valorizar um homem que serviu sempre o interesse público, e que é impoluto. Que sabemos distinguir ideias de sound-bytes mesmo que isso demore mais do que 30 segundos. Que sabemos ver um homem bom, inteligente e preparado quando ele nos oferece o melhor de si. 

Terá o meu voto. E espero que os suficientes para nos poder servir a todos. Depois de Cavaco Silva, que tem feito da Presidência o menos que ela pode ser, seria um salto quântico. 

 

PS - Disclaimer da ordem, Sampaio da Nóvoa foi, durante muitos anos, o meu Reitor. Teve a visão de, com o actual Reitor, Cruz Serra, somar a Universidade de Lisboa e a Técnica, para nos dar dimensão e transversalidade no Mundo. Contra ventos e marés. Julgo que só por isso o País lhe devia já muito. Mas se ele nos quiser dar mais, só podemos aceitar.

01
Abr15

Da série "reformas estruturais" #2

mariana pessoa

Nicolau Santos, no Expresso Diário 31.04.2015

 

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 Deve ser por isso que o Primeiro Ministro tem o topete de dizer que Portugal pode ser das economias mais competitivas do mundo. Claro que pode - com o custo de mão de obra ao nível do Sri-Lanka, estaremos daqui a nada a cozer bolas de futebol e a ser pagos em malgas de arroz.

Pág. 5/5

«As circunstâncias são o dilema sempre novo, ante o qual temos de nos decidir. Mas quem decide é o nosso carácter.»
- Ortega y Gasset

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