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365 forte

Sem antídoto conhecido.

Sem antídoto conhecido.

16
Nov14

Pure evil

Nuno Oliveira

Benyam Mohammed travelled from London to Afghanistan in July 2001, but after September 11 he fled to Pakistan. He was arrested at Karachi airport on April 10 2002, and describes being flown by a US government plane to a prison in Morocco. These are extracts from his diary.They cut off my clothes with some kind of doctor's scalpel. I was naked. I tried to put on a brave face. But maybe I was going to be raped. Maybe they'd electrocute me. Maybe castrate me.

 

They took the scalpel to my right chest. It was only a small cut. Maybe an inch. At first I just screamed ... I was just shocked, I wasn't expecting ... Then they cut my left chest. This time I didn't want to scream because I knew it was coming.

 

One of them took my penis in his hand and began to make cuts. He did it once, and they stood still for maybe a minute, watching my reaction. I was in agony. They must have done this 20 to 30 times, in maybe two hours. There was blood all over. "I told you I was going to teach you who's the man," [one] eventually said.

 

They cut all over my private parts. One of them said it would be better just to cut it off, as I would only breed terrorists. I asked for a doctor. (...)

 

Lido aqui, onde cheguei a partir da entrada de Benyam Mohammed na wikipedia.

15
Nov14

Ilusionista da semiótica ou apenas teatro do absurdo?

Nuno Oliveira

Da série Fica a interrogação se estamos perante um ilusionista da semiótica ou apenas perante teatro do absurdo:


Vasco Correia Guedes afirma que "travar a regressão social" não significa nada. Questões existenciais sempre marcaram, marcam e marcarão as míticas crónicas. Que palavras significam o quê? Interrogações pertinentes, naturalmente.


Quem de nós nunca se interrogou sobre o que significa "combater a pobreza"? Ou o que significa "combater a precariedade"? Ou até "lutar por uma mais justa distribuição de rendimentos"?

 

Valha-nos Vasco Correia Guedes sempre certeiro a ir à essência das questões. Sempre pronto a apontar os políticos que se escondem atrás de abstracções. Só os mais ingénuos poderiam achar haver uma definição objectiva para travagem como redução da aceleração ou da velocidade visando uma imobilização ou até uma inversão de sentido da marcha. E só os tremendamente ingénuos poderiam ver em regressão social o antónimo de progressão social, entendida doutrinariamente com uma prosperidade partilhada pelo maior número de indivíduos.

 

De facto, que seria de nós sem a pertinência das crónicas de Vasco Correia Guedes?

 

14
Nov14

Escolhemos os nossos amigos

Diogo Moreira
Já dizia o outro, que não podemos escolher a nossa família, mas escolhemos os nossos amigos. E para aquilo que nos interessa, ainda escolhemos mais os nossos sócios, e as suas empresas.  Mesmo mantendo a sempre indispensável presunção de inocência, eu não consigo imaginar que Miguel Macedo permaneceria ministro, num país civilizado. São simplesmente demasiado graves as acusações em que seus amigos próximos, e aliás sócios, estão envolvidos.  Mas como todos sabemos, Portugal é o país que é, e o nosso governo é o que é.

— Diogo Moreira
14
Nov14

Tratem-se

David Crisóstomo

Destaquei aqui há pouco que o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda apresentou umas muito boas propostas de alteração a proposta de Orçamento de Estado para 2015. Infelizmente, também apresentou outras estapafúrdias.

 

Na proposta de alteração 198C, o Bloco informa-nos que está solidário com o governo na regulamentação da homeopatia & restantes mumbo-jumbos e que quer ir ainda mais longe - o BE deseja que de 2015 em diante, estes "serviços" estejam isentos de IVA, certamente dado o carácter fundamental que detêm na nossa sociedade e os efeitos altamente positivos que produzem para o cidadão português:

 

iva.png

Como este governo é cada vez mais uma anedota, uma pessoa não se admira com este tipo de ideias, como refere aqui o Paulo. Infelizmente, para mal dos nossos pecados, a oposição muitas vezes não lhe fica atrás.

 

P.S. - sobre o tópico, ler também o Carlos Fiolhais

 

 

11
Nov14

Santa Isenção

David Crisóstomo

 

Caro Senhor Deputado Ferro Rodrigues,

Líder do Grupo Parlamentar do PS,

1. A Associação República e Laicidade sugere que a bancada parlamentar do seu partido, no debate sobre o Orçamento do Estado para 2015, proponha que sejam revogadas as isenções de impostos patrimoniais (IMI, IMT) e a restituição de IVA de que beneficiam as comunidades religiosas.

2. O fim destes benefícios fiscais significaria um acréscimo na receita do Estado que poderia ultrapassar os 100 milhões de euros. É escandaloso que, após vários anos de sacrifícios dos contribuintes individuais e das famílias, as comunidades religiosas continuem totalmente isentas de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) ou Imposto Municipal sobre as Transmissões onerosas de imóveis.

3. A Associação República e Laicidade chama-lhe ainda a atenção para o seguinte:

a) A isenção de impostos patrimoniais prevista na Concordata de 2004 para edifícios com finalidades estritamente religiosas (locais de culto e seminários) foi abusivamente alargada no nº4 da Circular 10/2005 do Director Geral dos Impostos às «residências dos eclesiásticos», entre outros imóveis;

b) O artigo 1º do Decreto-Lei 20/90 estabelece a devolução do imposto sobre o valor acrescentado na aquisição ou importação de bens ou serviços exclusivamente destinados ao culto religioso.

 

A bem da República,

Ricardo Alves, João Vasco Gama, Miguel Duarte

Associação República e Laicidade

 

Lisboa, 11 de Novembro de 2014

 

 

Foi enviada uma carta para cada grupo parlamentar. Podem aqui ser lidas as cartas que seguiram para as bancadas dos PSD, CDS-PP, PCP, BE e PEV.  É surreal que em 4 anos de austeridade, de contenção de despesas a todo o custo, o governo nunca tenha sugerido uma alteração que fosse destes privilégios. Nem o governo, nem a oposição, já agora. Nem revogação das excepções elencadas, nem a renegociação da Concordata. Ao contrário do que aconteceu em Espanha, por exemplo. É de facto incrível.

 

 

 

 

 Adenda - de entre as propostas do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda de alteração à proposta de Orçamento de Estado para 2015, estão as seguintes:

  • nº225C - revoga a isenção de IMI das "associações ou organizações de qualquer religião ou culto às quais seja reconhecida personalidade jurídica, quanto aos templos ou edifícios exclusivamente destinados ao culto ou à realização de fins não económicos com este diretamente relacionados";
  • nº169C - revoga o artigo 1º do Decreto-Lei 20/90, que estabelece a devolução do IVA o na aquisição ou importação de bens ou serviços exclusivamente destinados ao culto religioso

Parabéns ao Bloco de Esquerda, fosse isto consensual.

 

11
Nov14

Coragem e convicção

Diogo Moreira
António Costa, ao defender no actual contexto duas novas taxas de imposto, demonstra ter convicções, e a coragem para as defender, contra a opinião dominante, algo que deve ser elogiado num candidato a Primeiro-Ministro. Ajuda certamente, que a oposição mais sonante seja feita por um ministro em funções, que efectuou uma interpretação realista (ou real) de um bêbado e/ou drogado, perante a passividade de um parlamento, que também fez a interpretação de uma manada de gado.
11
Nov14

11 do 11

CRG

I will come to a time in my backwards trip when November eleventh, accidentally my birthday, was a sacred day called Armistice Day. When I was a boy, and when Dwayne Hoover was a boy, all the people of all the nations which had fought in the First World War were silent during the eleventh minute of the eleventh hour of Armistice Day, which was the eleventh day of the eleventh month.

It was during that minute in nineteen hundred and eighteen, that millions upon millions of human beings stopped butchering one another. I have talked to old men who were on battlefields during that minute. They have told me in one way or another that the sudden silence was the Voice of God. So we still have among us some men who can remember when God spoke clearly to mankind.

Armistice Day has become Veterans' Day. Armistice Day was sacred. Veterans' Day is not.

So I will throw Veterans' Day over my shoulder. Armistice Day I will keep. I don't want to throw away any sacred things.

What else is sacred? Oh, Romeo and Juliet, for instance.

And all music is.

 

- Kurt Vonnegut

10
Nov14

Passos du Barry

CRG

Madame du Barry, cortesã de origem humilde, amante oficial de Luís XV, ficou famosa pelas últimas palavras que proferiu antes de ser guilhotinada: "Por quem sois, senhor carrasco, só mais um momentinho!"

 

Passos Coelho, por sua vez, teve mais sorte que a Madame du Barry e conseguiu convencer o Presidente da República - pese embora a ausência de argumentos e a existência de um consenso alargado, tão apreciado por Cavaco Silva, para a antecipação das legislativas - a prolongar por mais um momentinho a vida do seu governo.

08
Nov14

Uma ideia sem sentido numa proposta sem nexo

David Crisóstomo

Com a eleição dos novos órgãos de direção do Partido Socialista, foi também iniciado um processo de revisão dos Estatutos do PS. Na única proposta de estatutos que atualmente se conhece, vêm propostas algumas alterações que são de saudar, nomeadamente o regresso aos mandatos bianuais nos orgãos eletivos do PS e um aumento dos poderes da Comissão Nacional. Todavia, há uma que não se entende nem se compreende: sob a capa do aumento do "alargamento das possibilidades de participação democrática" dos militantes e da "participação aberta dos cidadãos", mais precisamente dos simpatizantes (nada contra, tudo a favor, já não era sem tempo), aparece a novidade injustificada de permitir que os simpatizantes sejam eleitores nas eleições directas para Secretário-Geral.

 

Ora bem, vou ser breve, que a incredulidade é muita: não faz absolutamente nenhum sentido permitir que não-militantes, pessoas que não membros do PS, que não têm que se subjugar aos Estatutos do PS nem se submeter às decisões dos seus órgãos jurisdicionais, que são independentes que apenas declararam identificarem-se "com o Programa e a Declaração de Princípios do Partido Socialista", que, enfim, não estão filiados no partido, possam, assim se a Comissão Nacional estiver para aí virada, participar numa eleição interna do partido. O Secretário-Geral do Partido Socialista é o dirigente máximo duma organização partidária. Não é, à partida, candidato a qualquer cargo público. Não estamos a falar de primárias para escolher candidatos do PS a eleições públicas. Não, isto é um cargo interno do partido, fruto duma eleição interna do partido, para uma função que apenas diz respeito a membros do partido. Que lógica há em permitir que pessoas que não estão inscritas na organização possam ter o privilégio de votar na sua eleição interna mais importante? 

 

E depois, a proposta de Estatutos contradiz-se.

Na proposta de emenda ao artigo 12º, relativo aos direitos e deveres dos simpatizantes, está assim:

"d) (novo) Em especial, poder ser chamado a participar na eleição direta para Secretário Geral do PS ou em eleições primárias quando tenham lugar, por deliberação dos órgãos próprios do partido."

E, na emenda ao artigo 58º, referente às competências da Comissão Nacional, aparece desta forma:

"3. (novo) A eleição direta do Secretário Geral pode admitir a participação dos simpatizantes do PS, nos termos definidos pela Comissão Nacional."

 

Contudo, na proposta de alteração ao artigo 15º, o artigo que define quem é detentor de capacidade eleitoral nas eleições do partido, temos isto:

"Têm capacidade eleitoral os membros do Partido com seis meses de inscrição na data do ato eleitoral e que constem dos cadernos eleitorais elaborados nos termos dos competentes regulamentos."

 

Ora, "um membro do Partido" é, segundo o artigo 6º, "quem, aceitando a Declaração de Princípios, o Programa, os Estatutos e a disciplina do Partido, se inscreva como militante e seja aceite pelos competentes órgãos". Isto é, os atuais estatutos equivalem a definição de "membro do Partido Socialista" a "militante do Partido Socialista". Assim sendo, não existindo nenhuma proposta de emenda ao artigo 6º, tanto a atual versão do artigo 15º como aquela que é agora proposta, proíbem a participação em eleições internas, como as diretas para Secretário-Geral, a quem não seja "membro do Partido com seis meses de inscrição à data do ato eleitoral". Ou seja, como ficamos? Os simpatizantes podem participar na eleição, mas não têm capacidade eleitoral, é isso? Há algo que me está a escapar ou isto não tem sentido algum?

 

«As circunstâncias são o dilema sempre novo, ante o qual temos de nos decidir. Mas quem decide é o nosso carácter.»
- Ortega y Gasset

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