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365 forte

Sem antídoto conhecido.

Sem antídoto conhecido.

09
Out14

Win-Win

CRG

O caos na educação e na justiça resulta de um problema na execução de políticas, um caso de competência, ou melhor dizendo, da falta dela, pelo que é incompreensível que os deputados da actual maioria parlamentar procurem alcançar compromissos partindo destes erros, como tem ocorrido.

 

A não ser que não sejam lapsos.

 

De um lado, temos um Ministro da Educação que defende o fim da educação pública centralizada num ministério, que privilegia o ensino privado financiado publicamente através do cheque-ensino. Do outro, uma Ministra da Justiça que pretende potenciar o uso de tribunais arbitrais e acabar com a pendência usando todos os expedientes.

 

Perante isto não é necessário um grande esforço imaginativo para concluir que a actual paralisação da educação e da justiça poderão corresponder a efectivos ganhos para a agenda de ambos os Ministros.

 

O que me leva à pergunta essencial: Para quem não acredita, legitimamente, na coisa pública, terá interesse na sua boa gestão?

09
Out14

Notícias sobre a crise criada por António Costa

João Martins
07
Out14

Governação e responsabilidade

Sérgio Lavos

"O ministro da Educação e Ciência há-de um dia regressar à sua universidade, como ele próprio disse, mas não é agora."

 

A ligeireza com que Passos hoje reagiu, quando questionado sobre o destino de Crato, é, para além de uma irresponsabilidade, uma grosseria e um insulto aos portugueses, sobretudo os afectados pelos problemas na colocação de professores, a começar por estes e pelos alunos.

Não é de agora, esta reacção de Passos a problemas criados directamente pelo seu Governo. Desvalorizar o caos, minimizar os erros e as suas consequências, transformam a política num jogo pueril, o contrário do que seria suposto ser. Os governantes (e os deputados) são eleitos para servir o povo, para darem o seu melhor e, caso o seu melhor não seja o suficiente, assumirem as responsabilidades e agirem de acordo com essa assumpção. Com este Governo, com este primeiro-ministro, todos os valores que deveriam reger a conducta dos governantes têm sido subvertidos. Começou com as previsões falhadas de Vítor Gaspar (o único que teve a ombridade de assumir os seus erros e tirar daí as devidas consequências, quem sabe se contra a vontade de Passos), passou pela lenta agonia de Miguel Relvas, pelas sucessivas mentiras de Maria Luís Albuquerque no parlamento, pela confrangedora gaffe angolana de Rui Machete. 

Desde Setembro, atingiu-se um cúmulo qualquer de incompetência na Justiça e na Educação. O caos nos tribunais e nas escolas, desvalorizado e não assumido, é a prova de que o princípio de Peter, quando aplicado ao serviço público, pode ser um crime de lesa pátria. Ninguém sabe (a começar pela ministra) onde poderão chegar os danos causados pelo desaparecimento de três milhões e meio de processos nos tribunais portugueses. E os prejuízos trazidos aos professores e aos alunos neste início de ano escolar são incalculáveis. 

Já poucos terão dúvidas de que Paula Teixeira da Cruz (que ignorou vários avisos sobre o Citius quando preparava a reforma do mapa judicial) e Nuno Crato (que autorizou um modelo de colocação de professores que continha um erro matemático crasso) são os culpados máximos do inacreditável caos que reina na Justiça e na Educação. Poucos terão dúvidas, também, de que há muito os dois se deveriam ter demitido. Por muito menos Manuel Pinho demitiu-se. Por muito menos (uma piada de mau gosto) em tempos um ministro cavaquista demitiu-se. Por muito menos António Vitorino demitiu-se. E Jorge Coelho também o fez, depois de ter assumido a responsabilidade pela queda da ponte de Entre-os-Rios. 

Mas eles, os ministros que governam acima das suas possibilidades, continuam a liderar as equipas que estão a tentar resolver os problemas provocados pelas suas decisões políticas. E continuam porque Passos Coelho, o homem do "não me demito", decidiu que assim deve ser. Poderíamos pensar que o faz por cálculo político - duas demissões tão próximas das legislativas danificariam a imagem do Governo. Mas neste caso, a razão é outra: Passos Coelho não deixa cair Crato e Paula Teixeira da Cruz porque tem um entedimento da política que se mede por tacitismos, uma estatura ética diminuída (senão inexistente) e sobretudo uma dimensão de mediocridade nunca antes vista num primeiro-ministro de Portugal. Passos Coelho nunca entenderá que a política não foi feita para satisfazer egos próprios. Não sabe, nem nunca irá perceber, que a teimosia, num político, é apenas uma virtude quando aliada a uma competência e uma grandeza de espírito. Passos não é competente nem é grande. É apenas um acaso, uma desgraça, uma vírgula mal parida na História do país.

07
Out14

França (e Itália) vs Comissão Europeia sobre Pacto Orçamental

Diogo Moreira
A Comissão Europeia diz que terá de bloquear a proposta de orçamento da França (e possivelmente a da Itália), em nome do Pacto Orçamental, visto não cumprirem as metas do défice. A França nega categoricamente que a Comissão tenha poderes para o fazer, e que só o Parlamento francês pode aprovar, ou chumbar, o seu orçamento. Independentemente do que estiver escrito no Pacto Orçamental, que já percebemos que é letra morta para muitos dos que o aprovaram, é do interesse fundamental de Portugal que a França (e a Itália) ganhem esta batalha. O Pacto Orçamental tem de ser revogado, em teoria ou na prática, e quanto mais cedo melhor.
03
Out14

"Mais depressa passa um camelo por um buraco da agulha que o PS se liberta da sua cultura do unanimismo."

João Martins
03
Out14

Grande Recessão

CRG

"Maria Luís Albuquerque acredita que vai haver um novo ciclo de crescimento para o país, mas não se sabe como nem quando."

 

Uma das personagens d' "A Vida e o Tempo de Michael k" diz que o tempo de guerra é um tempo de espera, acrescentaria que os tempos de crise também o são.

 

Dou por mim e nas pessoas que me rodeiam, tal como o médico do Michael, a viverem em suspensão, vivas e não vivas, enquanto a história hesita entre que curso seguir; a sensação de estarem a desperdiçar a sua vida ao apenas poderem viver dia a dia, sem a possibilidade de elaborarem planos para o futuro: prisioneiros da grande recessão.

«As circunstâncias são o dilema sempre novo, ante o qual temos de nos decidir. Mas quem decide é o nosso carácter.»
- Ortega y Gasset

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