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365 forte

Sem antídoto conhecido.

Sem antídoto conhecido.

10
Ago13

Seguro e o PS: o plano A e os planos B

Rui Cerdeira Branco

O plano A é conhecido. Partindo do pressuposto (correto) de que Portugal (e outros países com economias fragilizadas) não conseguem sair da atual crise de forma honrada sem outro tipo de disposição e auxílio dos seus parceiros europeus, o atual secretário geral do PS já enumerou um conjunto de metas que irá perseguir tanto na oposição como no governo e que passam por alterar significativamente as restrições externas e omissões de intervenção face à nossa economia.

Não vou discutir detalhadamente as medidas, concordo com muitas delas e considero algumas claramente tentativas, pontos de partida e  nunca pontos de chegada que exigirão concertação europeia e cedências importantes se compararmos as metas aos resultados finais a obter. Tenho em mente quanto a isto, em particular, a ideia da mutualização da dívida pública acima dos 60% do PIB de cada país. Parece-me impossível de implementar do ponto de vista político ainda que desejável no contexto de quem acredita e defende uma integração europeia muito mais expressiva (confesso que já fui mais adepto desse voluntarismo do que hoje).

Em todo o caso, o sinal dado pelas propostas do PS em matéria de gestão orçamental partilhada na zona euro parecem-me clarificadoras e estimulantes para dinamizar a discussão política que está largamente por fazer (acreditam alguns que em banho-maria, a aguardar os resultados das eleições alemãs).

Entretanto, a acrescer a estas propostas já conhecidas, o PS vai pontuando algumas decisões do governo, comprometendo-se com a sua reversão. Já o foi declarado quanto à reforma administrativa que gerou a fusão de freguesias e hoje foi-o outra vez em relação ao corte das pensões. Não retive com rigor se a reversão prometida abrange apenas os efeitos retroativos dos cortes das pensões já em pagamento ou se seria generalizado a todos os cortes agora preconizados.

O PS tem-se oposto terminantemente ao reforço da austeridade por este ser manifestamente contraproducente no atual contexto económico local e internacional. Nesse sentido, esta proposta é coerente.

Contudo...

10
Ago13

E se 2013 terminasse amanhã?

Cláudio Carvalho

"o que torna geral a vontade pública não é o número de votantes, mas o interesse comum que os une"

(Jean-Jacques Rousseau)

 

Se 2013 findasse amanhã, os grandes ensinamentos que retiraríamos do ano político são: que certas opções coletivas do passado têm, mais do que nunca, consequências penosas no futuro (vd. Presidenciais 2006 e 2011); vergando o direito, o populismo e a demagogia voltam a reinar, acentuando-se na política autárquica e nos antros de certo comentarismo político; que é sempre possível reforçar a ilusão da inevitabilidade; que, mesmo perante a evidência empírica, a mentira enraíza-se tanto que se criam mitos que suportam políticas catastróficas; que a incompetência frutifica; que a nova utopia já não é mais a igualdade entre os Homens, mas o que deveria ser o pressuposto da praxis política: a primazia do interesse comum face aos interesses particulares. Restam 143 dias, para que se evite que 2013 seja retratado historicamente desta forma.

«As circunstâncias são o dilema sempre novo, ante o qual temos de nos decidir. Mas quem decide é o nosso carácter.»
- Ortega y Gasset

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