Berta Cabral, ex-presidente da câmara de Ponta Delgada, ex-líder do PSD/Açores e ex-'próxima presidente do Governo Regional dos Açores' é partir de amanhã a nova Secretária de Estado da Defesa Nacional. Recordemos as suas sábias intervenções públicas:
E houve mais raciocínio desenvolvido por Berta nesta entrevista dada à RTP-Açores em Setembro de 2012. Potenciais motivos de briga com o senhor primeiro-ministro e com o senhor ministro das Finanças, onde Berta aborda temas como as taxas de desemprego astronómicas, os círculos virtuosos de crescimento (por contraposição às espirais recessivas), as experiências (e inexperiências) económicas, os governantes com fortes princípios morais (e notamos que nisto ela é uma especialista), a situação dos funcionários públicos e até os efeitos de pequenas remodelações governamentais:
'O principal problema que afecta as famílias açorianas: o desemprego. Temos que criar emprego'
'Porque só criando riqueza é que nós podemos distribuir essa riqueza pelos que mais precisam. É um caminho paralelo que nós temos que percorrer, um caminho onde as empresas e os empregos têm que surgir para criar mais riqueza, mais poder de compra, mais produção, mais empresas, entrar num circulo virtuoso de crescimento, para depois poder distribuir através das funções sociais do estado, através da funções sociais daqui do estado-região, para apoiar quem mais precisa. É esse o modelo de desenvolvimento que nós propomos, em que as funções económicas e as funções sociais vão em paralelo, onde o bem-estar e o equilíbrio e a justiça social se estabeleça para todos.'
'As minhas prioridades são criar emprego e apoiar quem mais precisa. (...) Até porque nós não estamos em altura de experimentalismos. Nós não estamos em altura de gente inexperiente e deixarem as coisas correrem a ver se elas se resolvem.'
'O exemplo tem que vir de cima, é preciso moralizar a politica. E nós só moralizamos a politica e os políticos quando damos o exemplo. E aí há muito a fazer.'
'Toda a racionalização que se faça não passa por despedir pessoas. Já basta o desemprego que temos. Temos que segurar todos os postos de trabalho hoje existentes. E a nossa administração pública é uma administração pública muito competente. E aqui eu refiro-me à administração pública alargada, do sector público directo e do sector público empresarial. São gente muito competente, gente que tem mérito, que sabe trabalhar, que quer trabalhar, que tem que ser motivada, que tem que ser formada.'
'E não é por mudar uma pessoa que muda as restantes. Muda uma pessoa fica tudo na mesma.'
Mas Berta produziu outras interessantes reflexões sobre os tempos em que vivemos: