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365 forte

Sem antídoto conhecido.

Sem antídoto conhecido.

31
Out12

O Tuga nada em dinheiro

Nas redes sociais apela-se às mais altruistas das emoções em cada um de nós: Ele há videos espalhados de ajudas no limite, de aleitamento inter-específico, ele há a valorização do sorriso, do abraço, do beijo, do sexo, dos velhinhos; do sexo dos velhinhos.

Ele há contos brasileiros sobre crianças que pedem nas ruas e nos dão lições de vida e nos envergonham porque temos um iphone. Ele há coros de jovens louríssimas a revisitar velhos hit's e deixando-nos a espinal medula capaz de hastear a bandeira, ao contrário que seja. Ele há cãezinhos e gatinhos, power points de templos e ravinas em países maravilhosos, onde a população não come uma malga de arroz sequer por dia mas que é óptima para lá ir passear. E ele há bater no Sócrates, claro, e apesar de tudo.

Cá fora, no entanto, a vida é outra. Há mensalidades e há o dinheirinho. O dinheirinho irredutivel e inclemente. Nada se faz sem ele, nada se pode sem ele. 

A criança pobrezinha que nos pediu comida? É que nem a ouvi.

O abracinho grátis na rua? Xô daqui ! Antes que eu chame a policia. 

O cãozinho abandonado? Coitadinho...Mas e o preço das vacinas? E quando eu quiser sair para férias?

O nosso hedonismo e a joie de vivre pagam-se com dinheirinho.

Sem ele nada temos, com ele ao nada chegaremos, ao imenso nada em que estamos a transformar a sociedade humana.
31
Out12

Emanuel dos Santos: "A minha despesa é a receita de alguém"

Nuno Pires

Emanuel dos Santos, antigo Secretário de Estado Adjunto e do Orçamento, deu ontem uma entrevista à TSF.

 

A evolução da nossa economia, algumas falácias que vão preenchendo o espaço mediático, o contexto do pedido de resgate de 2011 e o contributo que o OE2013 representa para a necessidade de um novo, são apenas alguns dos vários temas abordados ao longo de cerca de 30 minutos de entrevista.

 

A não perder.

30
Out12

Afinal era uma enorme comissão de inquérito?

sara marques

Seis horas! Seis !! Um dia de debate sobre o Orçamento do Estado de 2013 em que pouco se falou na Assembleia da República sobre o documento, as medidas aplicadas, as que não podem ser aplicadas e as consequências que virão. Estive atenta, como tantos portugueses, mas o que mais ouvi foram tricas, politiquices, o famoso jogo do passa-culpas.

 

O PSD e o Primeiro-Ministro disseram que o país está assim por causa da herança do PS, a tal que tinha dito que não iria usar como desculpa quando fosse líder do Governo. O PS, com uma amnésia parcial, isentou-se de todas as culpas passadas e apontou o dedo ao Governo atual. O PCP e o BE apontaram o dedo a todos os outros partidos e o CDS tentou, como já é habitual, passar por entre os pingos da chuva.

 

Cá em casa, como em tantas casas por este país fora, neste momento, pouco importa de quem foi a culpa. O PS estava no Governo e o país considerou que não devia continuar, que a governação que estava a fazer não era a melhor para Portugal, e escolheu outro partido, outro Governo... mas foi para governar, não para fazer uma comissão de inquérito às culpas passadas. Queremos soluções, queremos medidas, queremos que se discutam os temas concretos, que se ouçam as propostas de todos sem este constante apontar de dedo, as inevitáveis chalaças e os risinhos. Não queremos ver-vos a rir uns com os outros ou uns dos outros, a tentar encontrar a mais rebuscada das piadas para passar como soundbyte dos media. É da nossa vida que se trata e, garanto-vos, que na maior parte das vezes não nos dá vontade de rir.

 

29
Out12

Mudou a hora mas não mudou mais nada

Seguimos confrontados com o governo e respectivo primeiro ministro que não gostam do povo cujo Estado administram. Para eles somos um bando de pançudos e ociosos que caiu numa courela ensolarada da Europa e que nada faz. Pedro Passos Coelho não compreende nada do que é Portugal. Ele não gosta dos portugueses. A verdade é esta, confirmada em cada vómito que lhe jorra da consciência pela boca fora. E nunca é demais lembrá-lo, até à náusea, se necessário for.

 

Andámos demasiado tempo a ouvir dizer que não podemos ter agricultura, que não temos petróleo nem aço, que não temos meios de produção. Tínhamos floresta, mas já se foi. Tínhamos pesca, mas já não dá, temos só serviços. Temos sol e praias para oferecer, uma imensa Mantarrota. Nada temos, nada somos, nada sabemos fazer, nada podemos fazer.

 

Não chegará desta conversa? Os portugueses continuarão a engolir estas tretas? Mas afinal de contas andamos aqui há séculos a viver de esmolas? A baixar a cabeça? Quem defende isso é parvo e só merece o degredo, até porque os que ouço referirem-se nestes termos ao Portugal recente nada mais fizeram do que abotoar-se sem dó à conta do Estado, e não foi com rendimentos sociais ou pensões de sobrevivência.

 

 

 

29
Out12

O vírus das bandeiras invertidas

Pedro Figueiredo

Atentos amanhã (ou mais daqui a pouco) às fotografias de Miguel Relvas na gala dos Dragões de Ouro. Parece que o famoso pin na lapela com a bandeira nacional estava ao contrário no ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares. Deve ser vírus.

 

Na mesma cerimónia em que o FC Porto entregou a Durão Barroso um Dragão de Honra. Ao contrário do prémio Nobel, este é mesmo para si.

Pág. 1/3

«As circunstâncias são o dilema sempre novo, ante o qual temos de nos decidir. Mas quem decide é o nosso carácter.»
- Ortega y Gasset

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