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365 forte

Sem antídoto conhecido.

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05
Dez13

O que me desconforta no texto de Francisco Assis

Nuno Oliveira

Não obstante concordar com alguns poucos pontos do texto do Francisco Assis há outros tantos que me causam urticária. Não faço a apologia da redução do debate. Acho que há espaço para todos os debates. E todos é mesmo todos. 

 

Mas não sejamos ingénuos. Vir insistir, como Assis o faz, nesta tónica de esquerda "radical" versus esquerda "moderada" é desviar o foco que devia estar concentrado na direita essa sim radical que encaminha o país para um desastre económico e social.

 

Depois, o que critiquei em Alegre, critico também em Assis. Mais do que desviar o foco da direita, a abstracção. Se tem uma crítica a fazer à "denúncia quixotesca" e "projectos inexequíveis" a bem de uma discussão intelectualmente séria devia Francisco Assis assumir a que se refere. À renegociação da dívida? Ao questionar desta arquitectura do euro? Ao cepticismo face à orientação da União Europeia? À recusa de austeridade acrescida? Se assim é, porque prefere Assis proclamar abstracções adjectivadas de forma hiperbólica em vez de assumir a sua posição de forma sustentada em cada um destes tópicos?

 

Era bom que a discussão fosse um pouco mais que socialistas "moderados" versus socialistas "bons".

 

Nenhum debate no PS deve ser tabu. Mas, de novo, que o seja em base sustentada e com argumentos sólidos. Repito neste caso para o texto de Assis o que já havia dito para o de Alegre: uma sustentação sólida sobre tópicos concretos seria bem mais útil ao país e ao ideário socialista.

 

«As circunstâncias são o dilema sempre novo, ante o qual temos de nos decidir. Mas quem decide é o nosso carácter.»
- Ortega y Gasset

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