Quem tem medo, compra um cão
Ou, no caso da Helena Matos, funda um partido ou inscreve-se num.
Porque é disso que se trata, quando estão em causa as opções políticas tomadas pelos representantes eleitos dos e pelos cidadãos, no âmbito dos processos democráticos instituídos e vigentes em Portugal.
Querer condicionar a vida política Portuguesa com discursos de medo (no fundo, conversas do Lobo Mau, coisas próprias de quem não quer uma sociedade mais livre, porque mais informada, mas antes uma sociedade limitada, fundada no preconceito e no receio) sem se sujeitar, a si e às suas ideias, a escrutínio político, é prestar um péssimo serviço à democracia e à República.
É uma conversa já antiga que vou tendo, de tempos a tempos, com o Hélder Ferreira no tuiter, sobre o porquê de os liberais (embora, neste caso, me custe particularmente estar a pôr o Hélder e a long lost irmã Grimm no mesmo saco) se recusarem a constituir-se em partido e a apresentarem as suas ideias políticas a sufrágio.
Ao ler o artigo de opinião acima linkado, torna-se mais fácil compreender o porquê dessa opção.
É que podiam descobrir que não são mais do que uma meia dúzia e que as pessoas se estão marimbando para o que eles acham que devia ser a estrutura do estado e as principais opções políticas.
E o medo, meus amigos, a instilação deste medo pueril, a conversa dos socialistas que comem criancinhas e dos amanhãs que cantam quando e se for tudo privado, dá muito mais resultados que meia dúzia de votos.