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365 forte

Sem antídoto conhecido.

Sem antídoto conhecido.

06
Fev15

Não sei o que me impressiona mais

Diogo Moreira
Se a linguagem da chantagem, e da força, que os arautos da austeridade estão a tentar impor à Grécia ou a forma acrítica como a elite dos comentadores a tem “engolido”, e reproduzido. O “status quo” parece apostado na continuação da tragédia social e económica na Grécia, e por extensão no resto dos países em crise nesta Europa cada vez mais dos seus ideais. E porquê? Estarão loucos? Será a influência dos lobbies financeiros assim tão forte, que tudo farão por umas míseras migalhas, para aqueles que nos deveriam informar e guiar? É o bom-senso algo de maldito em Bruxelas? 

Pensemos um bocadinho: se Merkel, Passos, Portas, e quejandos, impuserem a sua vontade à Grécia, qual será o resultado? Já sabemos que esta política económica não resulta. A dívida não para de aumentar, e as formas de a poder pagar não param de cair. Como se tivéssemos de dizer a um coitado que teria de parar de comer, para pagar as dívidas ao banco, todos nós já sabemos que sem uma reestruturação da dívida grega o único resultado é a falência do país, e a inevitável saída do Euro. Aquilo que a própria União está a ameaçar fazer à Grécia, para a obrigar a continuar fazer algo que terá como resultado esse mesmo desenlace. 

 Não será isto loucura? 

E isto é sem considerar a hipótese do governo grego decidir sair do Euro, e da UE, como única forma viável de alterar a política suicidária, para a qual continuam a ser empurrados. 

Queremos continuar a pertencer a uma União controlada por loucos? Águas passadas não movem moinhos, e talvez a UE seja uma ideia que já passou o seu prazo de validade, pelo menos na sua actual formulação. Acho que o debate sobre se queremos pertencer à moeda única deve ser reaberto. Afinal, se tanta gente ameaça expulsar um país do Euro, não lhe vejo grande futuro, pelo menos com os mesmos países.

— Diogo Moreira
«As circunstâncias são o dilema sempre novo, ante o qual temos de nos decidir. Mas quem decide é o nosso carácter.»
- Ortega y Gasset

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