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365 forte

Sem antídoto conhecido.

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16
Mar16

cajadada

João Gaspar

em 2011, quando mentiu sobre o pec iv para precipitar a queda do governo, consta que passos coelho terá ouvido um ultimato interno: "ou há eleições no país, ou há eleições no partido.". sem surpresa e sem carácter, passos coelho pôs a ambição pessoal e o partido à frente do país. em 2016, ao votar contra o orçamento de estado e ao abster-se de propor alterações, e em pleno processo de reeleição interna, passos coelho (com alguma surpresa mas ainda menos carácter) expõe os deputados eleitos pelo psd a uma estratégia inqualificável num partido chave da democracia portuguesa. durante quatro anos tentou destruir o país, agora parece querer destruir o partido, o que, sem ironia, seria uma pena. a não ser que o psd se tenha realmente transformado nisto, o que, sem ironia, seria uma pena ainda maior.

3 comentários

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    João Gaspar 16.03.2016

    carlos, a cegueira é tanta que responde a coisas que não escrevi. mas pronto, vejo que refuta tanta coisa mas registo que não refuta que o passos coelho mentiu sobre o pec iv.

    não tenho nada contra as ambições pessoais, era o que faltava. apenas fiz notar que o passos coelho a colocou à frente do interesse nacional primeiro e do partido agora.
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    Carlos 16.03.2016

    Olhe outro ceguinho , se quiser arrranjo-lhe mais uns quantos. Passos Coelho mentiu sobre o Pec IV ? Já sabemos, mentiu e foi ele que chamou a troika. Parafraseando Scolari , depois o cego sou eu.....

    Eis o PEC IV
    16 Dez 2010 Pedro Carvalho (Jornal Económico)
    Eis o novo Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC). O PEC IV. Cada novo PEC que o Governo apresenta é um atestado de incompetência ao PEC anterior.
    É o Governo a reconhecer que não tomou as medidas necessárias de forma atempada (por falta de coragem, por calculismo político ou por excesso de optimismo) e que é preciso vir o Fundo Monetário Internacional e a Comissão Europeia dizer como devemos arrumar a nossa casa. A sucessão dos PEC I, PEC II, PEC III e PEC IV mais parece daqueles filmes de terror de série B em que o herói, quando pensou já ter aniquilado o monstro (leia-se, o défice), volta a encontrá-lo no final, antes do genérico. E seguem-se as intermináveis sequelas. E a produção dos PEC sucede-se a uma velocidade (Março, Maio, Outubro e Dezembro) digna da indústria de ‘Bollywood'.

    O PEC IV foi apresentado ontem por quatro dos ministros com pastas de peso - Finanças, Trabalho, Economia e Presidência - e vai ser levado por José Sócrates, hoje, ao Conselho Europeu. A última vez que lá esteve, com Teixeira dos Santos, fez má figura, visto que não tinha feito o trabalho de casa e calhou estar ao lado de Elena Salgado que trazia a lição bem estudada e apresentou uma reforma nas leis laborais espanholas. E quando não se faz o trabalho de casa o mais fácil é copiar. Foi o que fez o Governo. Apresentou também alterações ao Código do Trabalho: introdução de um limite máximo ao valor da compensação nos despedimentos e a criação de um fundo empresarial para pagar essas mesmas indemnizações. E, para não variar, quem paga são sempre os mesmos: o fundo será alimentado através de um desconto na massa salarial dos trabalhadores.

    Apesar de tudo, este PEC é diferente, para melhor, face aos anteriores. Em vez de se limitar a subir os impostos (IVA, IRS e mais-valias), a cortar nos salários, nas deduções fiscais ou a introduzir portagens nas SCUTS - tudo medidas recessivas - o PEC IV tem a preocupação de gizar medidas para espevitar o crescimento económico. Finalmente o Governo percebeu o que significa a letra C na sigla PEC. Apoiar as PME, criar um Simplex para as empresas exportadoras, apostar na reabilitação urbana como forma de dinamizar o mercado de arrendamento e combater a fraude e a evasão contributiva são tudo medidas que merecem o nosso aplauso.

    As medidas mais discutíveis, sobretudo pelo ‘timing', são mesmo aquelas que pretendem flexibilizar as leis laborais. Ao contrário do que o Governo está a tentar vender para consumo interno (que as alterações vão servir para "incentivar novas contratações e a criação de emprego"), flexibilizar o Código do Trabalho durante um ciclo recessivo pode fazer disparar o desemprego, que já vai em mais de 600 mil. Se continuarmos a copiar tudo o que vem de Espanha arriscamo-nos a ficar igual a eles: 20% da população activa no desemprego.
    ____

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