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365 forte

Sem antídoto conhecido.

Sem antídoto conhecido.

29
Dez14

Ó Costa, vai a Évora

Diogo Moreira
Vai lá visitar o homem a Évora, o mais depressa possível. Já perdeste a melhor oportunidade, que era o Natal. Visitar um amigo, que está numa situação difícil, cai sempre bem no espírito da época, e seria facilmente defensável. Depois do ciclo noticioso das festividades, espumava-se perante as verdadeiras questões de 2015.  A tua ausência da "Peregrinação a Évora", como já é denominada em linguagem comum, apenas te está a trazer dissabores. Inevitavelmente terás de lá ir, e como todas as tarefas com possíveis consequências negativas, quanto mais tempo antes das eleições seja feito, melhor. Tu não consegues isolar o PS deste caso. Se não fossem os abutres mediáticos, ou os nossos adversários, seriam os "peregrinos" a manter isto vivo. E como em todos os casos polarizantes, a tua ausência já começa a ser vista como cobardia por quem discorda deste processo criminal e/ou desta prisão. E isso, é algo completamente desnecessário.  Ó Costa, vai visitar o homem a Évora. Reafirma que és amigo dele, e que vens ajudá-lo num momento difícil. É a verdade, só te fica bem, e tens a ganhar com isso.  E pelo meio, esvazias este balão, que é um trunfo dos nossos adversários, e permites que nos possamos dedicar a coisas mais importantes para o nosso país. 

Ó Costa, vai a Évora.
26
Dez14

O Risco Moral é outro...

CRG

Na excelente reportagem do "Público" soube-se que os números avançados por Mota Soares relativamente ao proposto tecto às prestações sociais não têm qualquer correspondência com a realidade. 

 

Partindo do pressuposto de que o Ministro da Segurança Social tinha conhecimento destes números - recuso-me a pensar o contrário - e que portanto sabia de antemão que nunca teria aplicação pratica, existem duas hipóteses para ter anunciado essa medida.

 

1) Foi um mero anúncio demagógico a fim de capitalizar a insatisfação e o egoísmo típico de uma altura de profunda crise, alimentando a desconfiança e a falta de solidariedade entre cidadãos.

 

2) o primeiro passo numa estratégia de longo prazo: primeiro criar um tecto, depois futuramente reduzir o tecto alegando restrições orçamentais, englobando todo o tipo de prestações sociais.

 

Infelizmente, nenhuma destas hipóteses é benigna.

 

Historicamente alguma direita sempre teve esta preocupação com o"risco moral": o facto de alguém auferir determinados valores, quer sejam não contributivas ou decorrentes de retribuição do trabalho - corresponder a um desincentivo ao trabalho ou a mais trabalho. 

 

O que não parece ter entendido é que a grande maioria das pessoas não partilham uma visão estritamente capitalista do trabalho. Estes não procuram receber o máximo rendimento e trabalhar o mínimo possível; tentam auferir aquilo que lhes permite ter uma vida digna, até melhorar como pessoas; têm brio e gosto no que fazem; em suma estão ocupados com a vida, na qual o emprego é uma vertente fulcral e indissociável, e não com uma simples transacção económica de custos e benefícios.

23
Dez14

E um Feliz Natal...

CRG

"The home was the quintessential burgeois world, for in it, and only in it, could the problems and contradictions of his society be forgotten or artificially eliminated. Here and here alone the burgeois and even more the petty burgeois family could mantain the illusion of a harminous, hierarchic happiness, surrounded by the material artefacts which demonstrated it and made it possible, the dream-life which found its culminating expression in the domestic ritual systematically developed of this purpose, the celebration of Christmas. The Christmas dinner (celebrated by Dickens), the Christmas tree (invented in Germany, but rapidly acclimatized through royal patronage in England), the Christmas song - best known through the Germanic Stille Nacht - symbolized at one and the same time the cold of the outside world, the warmth of the family circle within, and the contrast between the two."

"Age of Capital 1848-1875" - Eric Hobsbawm

21
Dez14

Da rubrica "parlamentares do laranjal que representam este nosso Portugal"

David Crisóstomo

Senhores e senhoras, o deputado à Assembleia da República eleito pelo PSD no círculo de Lisboa e vereador (graças a deus sem pelouro) na Câmara Municipal de Lisboa, António Prôa:  

 

 

15
Dez14

Juntos Podemos Gozar Com As Pessoas

David Crisóstomo

"O movimento “Juntos Podemos” decidiu neste domingo não excluir a sua constituição como partido político para concorrer às próximas eleições legislativas, remetendo para o dia 24 de janeiro uma decisão sobre esta matéria. A proposta de não excluírem poder a vir a participar nas próximas eleições foi defendida pela antiga deputada do BE Joana Amaral Dias e pelo jornalista Nuno Ramos de Almeida e votada, entre outras, numa “assembleia cidadã” que terminou hoje em Lisboa.

A assembleia decidiu também que, embora remetam para um outro momento a discussão da criação de um partido (uma outra assembleia a realizar no dia 24 de janeiro), começam já a recolher assinaturas para entregar no Tribunal Constitucional e poderem constituir-se como partido, que é a única forma legal de concorrerem às eleições legislativas, em que não se admitem listas de movimentos de cidadãos."

Fonte

 

Desculpem lá, mas estamos a brincar? O que é este "nim"? "Não queremos ser um partido agora mas daqui a um mês se calhar já queremos"? Apesar de menos 4% dos presentes terem ontem votado a favor da criação de um partido? Acham o quê, que depois das festas o pessoal já se decide melhor? Mas estão a gozar com a sociedade? Como vão recolher assinaturas para constituírem-se como partido? O nome foi votado e aprovado? E o símbolo, vai ser mesmo aquele rabisco zen invertido? Já há sigla? E, sei lá, projecto de estatutos, há? Por acaso redigiram, votaram e aprovaram alguma declaração de princípios? Como será o formulário das assinaturas? Como as recolherão na rua? "Olhe, precisamos da sua assinatura para entregar no TC; ou para guardarmos numa gaveta lá em casa, ainda não decidimos"? E se alguém antes de assinar, quiser consultar os princípios que o partido pretende defender, como é natural? Não vai haver e como tal é um "assina aqui ou baza"? Ou vão explicar? Também vão dizer às pessoas "que não somos nem de esquerda nem de direita"? Vai ser um " 'tá a ver aquela cena em Espanha? Prontus, é igual", é? Ou um "Olhe, assine aqui, que é para o caso de a gente querer ser um partido. O que defendemos? Somos contra os gatunos. Tem dúvidas? Não assina? Porquê, é gatuno?" ?

 

Para um partido/movimento/associação/deus-lá-sabe que se está a constituir e que tem dito que irá berrar pela transparência e tal, começa lindamente, com muita seriedade. Muito claro, sim senhor. Já os imagino nas ruas, nas recolhas, a gritar "Assine e ajude-nos a, se depois logo quisermos, podermos vir a ser um partido".  

Epá, Feliz Natal.

 

 

12
Dez14

Doutrina de Soberania Limitada

CRG

Juncker refere que "não gostaria que forças extremistas conquistem o poder na Grécia""preferia que caras conhecidas voltassem a surgir na Grécia", por que é necessário que estas "entendam as obrigações dos processos europeus", garantindo estar "seguro de que os gregos, que não têm uma vida fácil, sabem muito bem o que um mau resultado eleitoral significaria para a Grécia e para a Zona Euro"

 

Ao ler estas declarações lembrei-me das famosas declarações de Brejnev:

 

"Quando forças externas e internas, contrárias ao socialismo, tentam conduzir o desenvolvimento de um país socialista em direcção da restauração da ordem capitalista, quando surge a ameaça à causa socialista nesse país, a ameaça à segurança atinge por inteiro a comunidade socialista, e este já não é um problema apenas para o povo daquele país, mas para todos os países socialistas."

 

Esta doutrina de soberania limitada, também conhecida como "Doutrina Brejnev", limitou a capacidade de manobra e liberdade dos governos dos países do Pacto de Varsóvia. Tal circunstância fez com que qualquer tentativa de mudança do statu quo parecesse fútil e irrealista.

 

Deste modo, a maior parte das pessoas acabou por adoptar uma postura de conformidade e de aceitação passiva, por outras palavras, chegou-se a um "consenso alargado".

Pág. 1/3

«As circunstâncias são o dilema sempre novo, ante o qual temos de nos decidir. Mas quem decide é o nosso carácter.»
- Ortega y Gasset

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